Os médicos reguladores da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) podem entrar em greve por tempo indeterminado, de acordo com informações divulgadas pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed). A categoria se reuniu na noite desta terça-feira (5), em assembleia.De acordo com os trabalhadores, o foco das queixas reside nas difíceis condições de trabalho que os profissionais enfrentam. “Hoje, cerca de mil solicitações de regulação permanecem diariamente na Central, mas apenas 10% a 15% são atendidas. A estrutura deficitária da rede hospitalar simplesmente não tem condições de absorver o direcionamento dos pacientes”, diz trecho de esclarecimento enviado pela assessoria.
Outro problema apontado pelo sindicato é o número reduzido de médicos reguladores trabalhando na Central. “Com o atual número de profissionais, cada solicitação só pode ser avaliada durante três minutos. A fila de pacientes aguardando regulação não permite a atenção necessária para cada caso. Muitas vezes é difícil, nesse curto espaço de tempo, ter a dimensão exata do diferencial que defini as prioridades”, explica a assessoria.
Em nota enviada ao Bocão News, a Sesab informa que esta é uma ação correcional, realizada por meio da Secretaria da Administração do Estado (Saeb), também respaldada por orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Auditoria Geral do Estado (AGE), que identificaram irregularidades na prática remuneratória destes adicionais. A Sesab ressalta ainda que ocorrem reuniões periódicas com as entidades de classe, sendo uma agendada para esta quarta-feira (6), às 14h.
A Sesab destaca ainda que os servidores que considerarem que executam atividades ou operações insalubres devem se dirigir ao setor de Recursos Humanos da sua unidade, a fim de que seja encaminhado o processo para a reavaliação da Junta Médica do Estado, que é o órgão competente para tal concessão, inclusive com efeito retroativo.
Uma nova assembleia está marcada para a próxima segunda-feira (11), às 19h30, no Sindimed, quando os reguladores vão decidir sobre a greve.
