Mais de 60 vítimas: Esteticista de Salvador é acusada de aplicar golpes e "sumir do mapa"

Mais um caso de uma esteticista suspeita de golpes vem atormentando a vida de clientes em Salvador. Dessa vez, a mulher, de 31 anos, é suspeita de ter feito mais de 60 vítimas enquanto trabalhava na capital baiana. 

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O caso foi denunciado ao BNews, que conversou com uma das vítimas participantes de um grupo de WhatsApp que reúne 63 pessoas que alegam terem sido lesadas pela acusada. Cíntia Conceição, 35, conheceu a suspeita há cerca de quatro anos, quando começou a frequentar o estúdio da esteticista que, na época, ficava localizado em frente ao Salvador Shopping. 

Situações ainda desconhecidas na época fizeram com que a esteticista fechasse seu estúdio sem explicações. "Depois a gente descobriu que ela, na verdade, passou calote na dona da sala onde ela trabalhava, onde ela tinha um estúdio. Com isso, ela foi posta para fora. No decorrer desse tempo, a gente foi descobrindo várias coisas sobre ela, mas, até então, a gente não se metia", contou a denunciante, que permaneceu mantendo contato com a esteticista para se consultar com ela. 

Em novembro deste ano, contudo, a situação se complicou para a Cíntia. Com outro estúdio, localizado na Rótula do Abacaxi, a esteticista surgiu no local de trabalho da denunciante, que possui um salão de beleza e uma sala à parte, onde realiza depilações. No estabelecimento, a suspeita contou ter sido roubada e disse que os materiais do seu estúdio haviam sido levados.

A partir de novembro, então, Cíntia e sua sócia dividiram o espaço com suposta golpista, que também recebeu emprestado os materiais da vítima para que pudesse trabalhar. A condição seria que a jovem pagasse mensalmente sua parte pelo espaço usado.

"Só que quando chegou final de janeiro, ela já tinha atrasado o pagamento do mês de dezembro e o pagamento de janeiro pagou em atraso também (...) não estava sendo viável, até porque [a loja] estava em nome de meu pai", contou.

No final de janeiro, então, a dona da loja informou que a esteticista não poderia mais permanecer no espaço, o que fez com que a acusada procurasse por outro local no mesmo prédio. Encontrando um novo estabelecimento, a mulher levou os materiais emprestados pela denunciante e não devolveu mais.

"Ela acabou levando os materiais, quando eu cheguei, a loja já estava vazia, estava só com minha maca e meus produtos de depilação e os demais ela tinha levado", revelou. Um acordo, então, foi feito entre as duas: a esteticista permaneceria com o material, mas teria que pagar por ele, um valor de cerca de R$ 2.500. Até hoje, contudo, a vítima não recebeu o dinheiro. Além disso, ela foi bloqueada das redes sociais e do WhatsApp.

Com o passar do tempo, a esteticista "sumiu do mapa" e já não ia mais ao seu estúdio. Com a criação do grupo de vítimas no aplicativo de mensagens, no entanto, foi possível descobrir que a jovem estava trabalhando no Rio de Janeiro, viagem que ela havia marcado no mesmo dia em que agendou consultas com várias clientes, que haviam feito pagamento antecipado. O valor, contudo, jamais foi devolvido, e as consultas não foram realizadas.

Depois de um tempo no Rio, a esteticista novamente "desapareceu". As vítimas desconfiam que ela esteja na Bahia novamente, mas ainda procuram pela mulher, que desativou seu perfil no Instagram e está incomunicável.

Nas redes sociais, uma das vítimas se manifestou. Nos stories, ela contou sobre ter visto a divulgação de uma promoção irrecusável feita pela esteticista. Para conseguir o desconto, as clientes precisavam fazer pix imediato, o que foi feito pela jovem: R$ 300 reais para que realizasse procedimentos estéticos nela e na sua amiga. Chegando no estúdio, contudo, a suspeita não se apresentava no local.