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Publicado em 10/08/2022, às 09h01 Geraldo Júnior*
Nada ocorreu de diferente no plenário da câmara, na tarde desta terça-feira (9), de outras votações da maioria das mensagens vindas do executivo, que contou com o apoio maciço dos vereadores que deixaram de lado suas posições ideológicas para apoiar e votar os projetos do governo.
De modo que nada possa conotar alguma ilegalidade na histórica derrubada do veto ao artigo que cumpre em sua integralidade o que determina a Emenda Constitucional 120/22, onde nenhum agente comunitário de saúde pode ganhar menos de dois salários mínimos no vencimento básico.
Estavam presentes durante toda a sessão, além dos integrantes da oposição, bloco independente e partido Independente, o líder do governo na casa, Paulo Magalhães Júnior e outros vereadores que foram chegando durante a sessão, legitimando a votação ocorrida no plenário.
Anunciamos em alto e bom som a apreciação do parecer do veto na comissão de Constituição e Justiça, o que em momento algum foi questionado por qualquer parlamentar presente no plenário ou em modo remoto.
Ato contínuo, verificamos o quórum para apreciação do mérito do veto, o que também não foi sinalizada qualquer contrariedade pelos parlamentares.
Após a rejeição do veto, me deparei com aquela cena em que Paulo Magalhães, de forma intempestiva e inesperada, tentou nos agredir.
Fiquei confuso e atônito sem entender absolutamente nada. Como um líder de governo perde a compostura para agredir o presidente que considerava como um irmão?
De toda sorte compreendi aquele desespero, pois alguns companheiros de bancada, especialmente aqueles que tramam contra ele o tempo todo, mais uma vez, o abandonou, adentrando no plenário somente no momento da votação do veto, assegurando, ainda mais, a legitimidade de todo o processo.
Além disso, ao final da votação, verificamos que ninguém da base do governo quis exercer o seu direito de protesto, ao invés disso, num surto de raiva, preferiram fazer coro a Paulo Magalhães e tentar, também, me agredir fisicamente.
Fico triste por momentos em que a violência transcende a razão. Isso soa de forma muito negativa para a população que nos assiste e que espera de nós ações efetivas que melhorem suas vidas.
E foi justamente o que fizemos, quando conseguimos com muita vontade e coragem rejeitar o veto que iria prejudicar, ainda mais, os pais e mães de famílias que saem de suas casas todos os dias para ajudar o próximo.
Assim, asseguramos aos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, interessados na votação, a equiparação de vencimentos da categoria, mantendo as vantagens adquiridas ao longo de anos.
Não é possível que, em se tratando de vidas e milhares de família, alguém possa recorrer ao expediente, já manjado, de buscar prestação jurisdicional, alegando falácias e inverdades.
Já estamos com uma banca de advogados para averiguar qual a melhor forma de nos proteger e coibir que o líder do governo pratique mais violência contra mim e contra os colegas, pela fúria com que se comportou na sessão ocorrida na tarde desta terça-feira (9).
Geraldo Júnior é vereador, presidente da Câmara Municipal de Salvador.
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