Meio Ambiente
Publicado em 08/06/2022, às 05h55 Letícia Rastelly
“Fecha a torneira, menino! A água do mundo vai acabar, viu?!” Quem nunca ouviu ou mesmo reproduziu um comentário desse tipo em pleno 2022? Temos entendido, com o tempo, que a natureza é o maior bem da humanidade e ela precisa ser preservada, sendo a água doce um recurso essencial e limitado.
Limitado por causa da quantidade disponível, se pensarmos na qualidade necessária para o consumo humano, afinal, 97,5% da água disponível na terra é salgada e os 2,5% que sobram se dividem entre geleiras, calotas polares e ainda há o tipo que não é potável, ou seja, possuem organismos e substâncias que podem trazer doenças, restando menos de 0,77% para uso.
É por causa disso que medidas simples vêm sendo adotadas por toda população para manter esse recurso entre nós. Essas atitudes perpassam as pessoas físicas e são, muitas vezes, praticadas por empresas que tem a sustentabilidade como um de seus pilares.
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Esse é o caso da CCR Metrô Bahia, concessionária que administra o modal na capital baiana, que tem desenvolvido diversas ações com foco no reuso, não desperdício e até captação da água da chuva, que posteriormente é utilizada nos banheiros das estações da Linha 2 (Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto).
“Todas as estações da Linha 2 são providas de coberturas, onde a água da chuva é captada, direcionada por meio de tubulação para um reservatório inferior e, a partir daí, a gente consegue distribuir a água dentro das estações para ser usada apenas nas descargas, de modo que não há contato com o ser humano”, explicou o engenheiro civil Leandro Almeida, gerente de Manutenção na CCR Metrô Bahia.
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Os reservatórios têm capacidade de armazenamento de água diferentes, mas, somados, são capazes de suportar 190 metros cúbicos. Para se ter uma noção, a Organização das Nações Unidas (ONU) indica que o consumo médio ideal para cada ser humano é de 110 litros de água por dia, ou seja, com o total que pode ser armazenado pela CCR é o suficiente para atender a demanda de 1.727 pessoas diariamente.
Segundo Almeida, esses reservatórios são automatizados, garantindo o uso mínimo de água vindo pelo sistema tradicional, disponibilizado pela empresa de água e saneamento, nos períodos de estiagem. “Regulamos a boia elétrica para 25% do reservatório, que é o necessário para operar”, ou seja, os reservatórios sempre possuem espaço para a água da chuva.
Além disso, existem outras ações da empresa que têm como foco esse cuidado com a água, de modo que de 2019 até hoje a CCR conseguiu reduzir em 30% o consumo desse bem, reaproveitando a água da lavagem dos trens e também com um sistema de monitoramento remoto das tubulações: “Caso haja um desvio, recebemos um alerta por email, que aponta onde está tendo um consumo além do normal. Na hora uma equipe de inspeção vai até o local e identifica o vazamento, assim que ele acontece”, detalhou o gerente de Manutenção.
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E pra quem pensa que a concessionária já faz o suficiente, saiba que eles ainda têm planos para o um futuro “autossuficiente”, no quesito água. A previsão é que no final de 2023 a sede da unidade, localizada no bairro de Pirajá, assim como o terminal e a estação de metrô da região, tenham toda a necessidade de água suprida por uma espécie de poço. “Vamos trazer água do lençol freático, criar uma estação de tratamento para torna-la potável”, projeta Almeida.
Para ele, todo esse cuidado com o meio ambiente vai muito além do cunho econômico: “a gente tem um dever perante a sociedade de conseguir contribuir e diminuir os impactos inerentes a qualquer operação nossa, então, essa é a nossa principal questão. O retorno vai além de qualquer custo-benefício financeiro”.
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