VÍDEO: Advogado sugere que motoristas parem de pagar Zona Azul por aplicativo; saiba motivo

O advogado baiano Joel Meireles surgiu com um assunto para lá de polêmico nas redes sociais, na última semana. Através de um vídeo publicado em seu perfil oficial do Instagram, o especialista em Direito e Desenvolvimento Social, relatou o que considera uma “situação grave” que acontece com os guardadores de veículo em Salvador.

No vídeo, o advogado surge ao lado de dois guardadores, vestidos com a farda de colaboradores da Zona Azul. Questionados por Meireles, os trabalhadores relatam o valor que recebem de comissão por cada veículo estacionado.

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De acordo com os guardadores, identificados como Maurício e Eduardo, a cada R$ 3 pagos em espécie por uma vaga da Zona Azul, os colaboradores recebem de comissão o valor de R$ 1. Já quando o pagamento é feito no cartão de crédito, a comissão é de 0,85 centavos e de 0,91 centavos quando a modalidade é o cartão de débito.

Assista:

Questionados sobre o que acontece quando o pagamento da Zona Azul é realizado pelo, os guardadores afirmam que “não ficam com nada”.

"No aplicativo, a gente não ganha nada, só quem ganha são as empresas particulares”, relatou Eduardo. “A gente não ganha nada, só quem ganha são os empresários e a gente praticamente trabalha de graça”, completou Maurício.

Sugestão

Diante do relato dos trabalhadores, o advogado sugere que os motoristas da capital baiana parem de pagar a Zona Azul pelo aplicativo e passem a realizar o pagamento do uso das vagas diretamente aos guardadores de veículos.

"Se você usa seu aplicativo aqui, os guardadores que ficam tomando o carro não ficam com nada”, disparou Meireles. "A finalidade, inclusive, da Zona Azul, é pagar os guardadores e não pagar gerentes de aplicativo, ou empresas de aplicativo”, emendou.

O advogado também falou sobre a possibilidade de entrar com uma ação judicial para suspender a opção de pagamento da Zona Azul por aplicativo. “A gente tem que entrar com uma ação contra isso, questionar isso na Justiça e anular esse contrato porque ele faz com que as pessoas, os guardadores que ficam aqui, que tomam sol, que tomam chuva, fiquem numa situação análoga à escravidão, com um trabalho precarizado”, finalizou.