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Outback vai fechar no Brasil? Dona da rede de restaurante explica estratégia; entenda

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A marca Outback é da companhia Bloomin’ Brands e uma possível venda foi especulada  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 21/05/2024, às 08h31



Um comunicado da Bloomin’ Brands, no início do mês, onde informou estar avaliando a venda de suas operações no Brasil gerou alvoroço entre os clientes de uma das marcas de restaurantes mais badaladas do país. A companhia atua desde 1997, é dona da Outback e de outras duas marcas, Aussie e Abraccio.

“Explorando e avaliando alternativas estratégicas para as operações da Companhia no Brasil que tenham o potencial de maximizar valor para nossos acionistas, incluindo, mas não se limitando a, uma possível venda das operações”, disse o informativo que repercutiu bastante no mercado financeiro.

Posteriormente, diante de toda repercussão, a rede utilizou as redes sociais para garantir a permanência no Brasil e com operação ativa. “O Outback continua no Brasil e nossos restaurantes permanecem abertos. Reforçamos a relação de confiança que construímos ao longo de décadas com você e seguimos expandindo para oferecer a experiência excelente que você merece. Permanecemos com nosso ambiente temático acolhedor, com nossa comida saborosa e marcante e com o atendimento próximo e divertido que faz com que estejamos juntos todos os dias".

Acontece que ainda assim, as especulações sobre o fim das atividades continuaram, principalmente por causa da redução na receita no primeiro trimestre do ano. Além de outros fatores, a não isenção de impostos no Brasil, o que aconteceu no ano passado, motivou o registro negativo para companhia.

Sendo assim, especialistas analisam que a Bloomin’ Brands pode adotar a estratégia de venda, mesmo que posteriormente, como explica o consultor de varejo e consumo Alexandre Machado. A venda das operações no Brasil pode ser considerada uma medida para reequilibrar finanças, reorientar investimentos e concentrar esforços em outros mercados", disse em entrevista ao portal Uol.

No entanto, ele destaca que a venda não significa fechamento das unidades no país. Sendo assim, a marca Outback pode ser vendida pela Bloomin’ Brands, mas continuar em operação. "A operação aqui parece sólida, bem posicionada mercadologicamente e com plano de expansão. São 159 lojas, só de Outback, sem considerar suas demais marcas. São pelo menos 27 anos fidelizando uma legião de consumidores. Uma possível saída do atual operador não significa necessariamente o fim da marca Outback no Brasil. Outros investidores podem adquirir a operação, mantendo a presença da rede no país", explica.

Em meio às especulações, a companhia voltou a reforçar a permanência no Brasil. "Com mais de 25 anos de sucesso em território brasileiro, a Bloomin' Brands esclarece que o Outback Steakhouse não está saindo do Brasil. Os restaurantes da marca não serão fechados. A companhia reitera o compromisso de manter os restaurantes em pleno funcionamento para continuar proporcionando de forma consistente uma experiência excepcional aos clientes", informou em novo posicionamento.

O vice-presidente executivo de estratégia global de clientes e do Brasil da empresa, Pierre Berenstein, destaca ainda que novos restaurantes da companhia devem ser inaugurados em 2024. "No primeiro trimestre de 2024, em 29 de fevereiro, reportamos 177 restaurantes próprios em operação no Brasil (sendo 159 Outbacks, 16 Abbraccios e 2 Aussies). E temos planos de continuar expandindo. Até o final de 2024 devemos inaugurar ao menos 20 novos restaurantes".

Ele aproveitou para descartar o fechamento das unidades. "Outback Steakhouse permanece firmemente enraizado em solo brasileiro. Nossos restaurantes permanecem abertos e acreditamos firmemente que continuarão a prosperar". A declaração foi entendida pelos especialistas também como uma forma de entender o funcionamento do mercado atual. "Essa especulação pode ser uma forma de sentir o apetite do mercado e interesse pela marca", concluiu Machado.

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