Economia & Mercado

Empresas do Nordeste atraem profissionais de outras regiões, afirma executiva

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Executiva compartilha oportunidades e desafios da diversidade cultural no ambiente corporativo  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 20/05/2024, às 12h30 - Atualizado às 12h31



A chegada de empresas internacionais tem movimentado o mercado de trabalho no Nordeste. A demanda por talentos especializados, entretanto, esbarra no déficit de qualificação, o que incentiva as empresas da região a se abrirem cada vez mais para a contratação de profissionais de outras localidades. Em paralelo, a crescente importância do ESG reforça as preocupações com diversidade e inclusão, despertando o olhar das companhias para o tema. 

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Segundo Reiva Melo, executiva de vendas da Robert Half no Nordeste, observa-se uma maior incidência de profissionais oriundos da região Sudeste, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro, para posições em cidades nordestinas. Na análise da executiva, os aspectos que atraem esses profissionais são: o porte do desafio e da empresa, planos de carreira estruturados e qualidade de vida (proximidade com a natureza e oportunidade de escapar da agitação dos principais centros urbanos).

“Esse deslocamento de mão de obra modifica a dinâmica do mercado de trabalho e a estrutura produtiva das economias, influenciando o comércio e os investimentos. É preciso ter em mente que o próximo colega, ou o melhor talento da equipe, pode ter como terra natal qualquer cidade do País, trazendo para o ambiente corporativo suas crenças, experiências e visões de mundo”, diz Reiva. 

Oportunidades para trabalho à distância não são a única opção 

A evolução dos modelos de trabalho foi responsável por uma grande ruptura das fronteiras geográficas que se faziam presentes no mercado. Expandiu-se o leque de possibilidades, tanto para as empresas, que obtiveram acesso a um pool mais diversificado de talentos, quanto para os profissionais, que passaram a enxergar a viabilidade de trabalhar para companhias de todos os cantos do Brasil e do mundo. 

Por outro lado, o Nordeste vive um momento de intensificação do trabalho 100% presencial, o que pode demandar a necessidade de mudança física. A flexibilização do modelo, portanto, tende a auxiliar no processo de decisão para essas migrações, sendo um facilitador para o profissional em determinadas situações.  

"Independentemente da modalidade de trabalho, as fronteiras geográficas já não têm o mesmo peso de alguns anos atrás. Encaro isso como uma grande oportunidade, pois a inovação só ocorre em ambientes diversos, com profissionais que proporcionam ideias, conhecimentos e experiências distintas para o dia a dia. Desta forma, é possível enriquecer a cultura organizacional ao mesmo tempo em que se garante um ambiente mais inclusivo e saudável. Como resultado, a produtividade aumenta e o lucro, com um bom planejamento, também”, destaca a executiva de vendas da Robert Half.  

Como promover a diversidade cultural dentro da empresa

O reforço de uma cultura organizacional evidenciada pelo respeito e identificação é fundamental na integração de profissionais de diferentes regiões. Para isto, executar processos de onboarding (integração) bem estruturados, que auxiliem a curva de aprendizagem e aumentem a produtividade são cruciais, além de eventos sociais e programas de criação de relacionamento entre as equipes.   

De acordo com dados do Índice de Confiança Robert Half, os três principais desafios na integração desses profissionais são: adaptação à cultura local e corporativa (63%); geração de aproximação com o time (52%); e tempo necessário para a adequação do profissional ao fluxo de atividades (44%). 

"As organizações que conseguem incorporar novos profissionais e trabalhar a sua cultura de forma ampla se destacam como marcas empregadoras fortes. Além disso, quando as empresas valorizam a diversidade e a inclusão, as pessoas tendem a permanecer por mais tempo, reduzindo assim as taxas de rotatividade", completa Reiva. 

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