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Publicado em 14/02/2012, às 06h33 Juliana Rodrigues
Em coletiva concedida nesta segunda-feira (13), na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, o governador Jaques Wagner fez um balanço das consequências da greve da polícia militar, que durou doze dias e terminou no último sábado (11). Satisfeito com o fim do movimento grevista, porém, sem esboçar alegria, Wagner mandou um recado para a população baiana. “Gostaria de externar minha solidariedade ao povo baiano após a greve da Polícia Militar. A população não precisava passar por isso”.
Questionado sobre a postura que adotou durante a negociação com os grevistas, o chefe do Estado considerou adequada. “Creio que minha postura não podia ser diferente. Era um movimento de articulação nacional. Só não estou feliz porque a população foi sacrificada”, reforçou.
Como resultado da negociação, Wagner concedeu 6,5% de aumento para categoria, além do pagamento das gratificações GAP 4 e GAP 5, que começa em novembro deste ano até abril de 2015. Na oportunidade, o governador esclareceu os impasses com a categoria. “Não há um paraíso no mundo salarial, todo mundo quer melhorar. Não é tão simples como reduzir a questão a um problema de dinheiro. Os policiais não têm uma visão global”, garantiu.
Como lição para que novas greves não ocorram, Wagner adotou como “solução” investimentos com o programa PAC Pela Vida, renovação de frotas e novos investimentos para armamento. “Se ficar ancorado em apenas um item que é o salarial, eu perco a capacidade de contratar mais gente e sobrecarrego eles”. Em tom firme e decidido, Wagner garantiu mudanças também na gestão. “Agora é olhar para frente, mas trabalhar dentro PM com um processo de gestão mais eficiente” garantiu.
Ao lado na mesa, o Secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Teles, afirmou que há uma investigação dos homicídios que ocorreram durante os dias da greve e ao crescimento da criminalidade na cidade no período. “há uma situação não fora desse padrão mesmo sem a greve, mas a falta de polícia nas ruas sem dúvidas contribuiu”.
Jaques Wagner reforçou que não vai dar anistia aos grevistas e que a possível demissão no Comandante da Polícia Militar, Coronel Castro, não existe. “Anistia eu não vou dar. Prisão está a cargo da Justiça e não do Estado”, disse. Com a proximidade do carnaval, Wagner finalizou garantindo aos baianos e turistas uma festa tranquila.
Foto: Gilberto Júnior//Bocão News
Nota originalmente publicada às 12h30 do dia 13
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