Governo notifica plataforma que vende vacina com a promessa de “curar” o autismo

Dez plataformas que comercializavam detox vacinal de forma online foram notificadas pela Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça. A substância anunciada na internet é à base de dióxido de cloro, e promete “inativar” vacinas tomadas anteriormente, bem como ajudar na “cura” do autismo.

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O alerta para esse tipo de produto também aconteceu no instagram do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (25). A publicação exibe os perigos que o consumo da substância pode causar:

"O dióxido de cloro é categorizado pela Anvisa como saneante, ou seja, destinado à higienização, desinfecção ou desinfestação e no tratamento de água. Além do detox vacinal não ter nenhuma comprovação científica, o seu uso é altamente tóxico, podendo levar as pessoas a graves riscos à saúde. Desinformação pode matar! "

As plataformas que receberam a notificação, conforme nota do Ministério da Saúde, foram: Planeta Detox, Casa dos Naturais, Purificadordeagua.shop, AZ Natura, CLO2, Betesda Purificadores, Purifica Brasil, Nutriwave, Farma Cerrado e Dragon Fire Gateway.

VACINAÇÃO 

O combate contra a covid-19 é constante, já que na última sexta-feira (19), o Ministério da Saúde confirmou a aquisição de mais de 10 milhões de doses da vacina Moderna. Em nota, o órgão explica que o governo tenta garantir as vacinas mais atualizadas contra o vírus, aprovadas pela Anvisa, seguindo uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

GOLPE ANTIGO 

As notícias falsas sobre tratamento contra a vacina da covid-19 já vem circulando na internet desde 2020, ano marcado pelo início da pandemia. 

Essas informações são desmentidas por especialistas em diferentes meios, um deles foi na página de tirar dúvidas do Instituto Butantan: 

“Médicos negacionistas têm oferecido a altos preços tratamentos falsos de “detox vacinal” e “reversão vacinal”, que servem para eliminar supostos efeitos nocivos da vacina. Mas as vacinas não causam nenhum mal à saúde – todas são altamente seguras e eficazes e passaram por rigorosos estudos, analisados por comitês independentes e agências reguladoras, antes de serem disponibilizadas para a população. Os serviços oferecidos por estes médicos não têm embasamento científico e não conferem nenhum benefício ao paciente”.