Saúde

Fiocruz divulga primeira morte por gripe suína em 2023; saiba onde

Reprodução/Freepik
Vítima tinha diagnóstico prévio de câncer e vivia próximo a uma fazenda de suínos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Freepik

Publicado em 21/06/2023, às 21h12   Cadastrado por Rafael Abbehusen



A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a primeira morte pelo vírus da gripe suína no Brasil este ano. Caso foi divulgado nesta quarta-feira (21), no Paraná. Os sintomas iniciaram ainda no dia 1º de maio. No dia 3, foi necessário realizar hospitalização devido à evolução do quadro para infecção respiratória aguda grave. No dia 4, a paciente foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e faleceu no dia seguinte. A paciente possuía diagnóstico prévio de câncer e vivia próximo a uma fazenda de suínos.

Durante a internação, uma amostra de swab nasofaríngeo foi coletada para teste de influenza e SARS-CoV-2, como parte das atividades regulares de vigilância de vírus respiratórios. O exame, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Paraná, detectou que se tratava de um vírus influenza A/H1.

A amostra foi encaminhada para o Laboratório da Fiocruz, referência nacional no tema, para a realização de análises complementares e sequenciamento genômico. Foi confirmado, então, que se tratava de um vírus influenza A(H1N1)v com alta taxa de identidade com vírus coletados de suínos no Brasil em 2015.

"É muito importante ressaltar que este caso não tem correlação com o vírus H5N1, que muito tem se falado nos últimos dias. O H5N1 é o vírus da influenza aviária, atinge predominantemente as aves e até o momento não há registro de casos em humanos no Brasil. O vírus detectado no Paraná é outro, trata-se do H1N1 variante", explicou Marilda Mendonça, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.

O caso foi notificado ao Ministério da Saúde (MS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS). A amostra será enviada ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) para posterior caracterização. Em seu relatório, a OMS avalia como baixo o risco de transmissão comunitária.

Clique aqui e se inscreva no canal do BNews no Youtube!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp