Salvador

Cavalo Marinho I: inquérito da Marinha poderá ser utilizado por órgãos de fiscalização

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Documento produzido pela Capitania dos Portos será enviado nesta terça ao Tribunal Marítimo  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 23/01/2018, às 11h58   Vinícius Ribeiro



O inquérito administrativo apresentado pela Capitania dos Portos, na manhã desta terça-feira (23), na sede do 2º Distrito Naval, referente ao acidente envolvendo a lancha Cavalo Marinho I, está disponível para os órgãos de fiscalização - a exemplo do Ministério Público. Com a disponibilidade, os responsáveis pela tragédia que deixou 19 mortos, durante a travessia Mar Grande-Salvador, podem também ser denunciados criminalmente. 

"O inquérito pode ser utilizado pelas esferas criminal e civil e deverá ser usado, mas cabe ressaltar que existe ainda um julgamento desse inquérito, que será realizado no Tribunal Marítimo. Nós estamos apontando aqui o que nos compete como Marinha, as causas, as circunstâncias e as responsabilidades, para que no Tribunal Marítimo ele seja julgado por seu colegiado e efetivamente aponte os responsáveis que pode ser usado também nas outras esferas", explicou o capitão dos Portos da Bahia, Capitão de Mar e Guerra Leonardo Andrade da Silva Reis. 

O relatório desenvolvido pela Capitania, com quase 1.200 páginas, está disponível para as autoridades mediante requerimento formal. Apresentado cinco meses após o acidente, o inquérito será enviado ainda hoje ao Tribunal Marítimo, no Rio. De acordo com o levantamento, o engenheiro, o proprietário e o comandante (nomes não citados por 'questões éticas', conforme justificou a Marinha) da embarcação são apontados como possíveis responsáveis pelo acidente. O prazo de dez dias para defesa prévia foi encerrado na segunda-feira (22).

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