Um dos principais articuladores no Nordeste da campanha de Aécio Neves (PSDB) à presidência, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), vê no tucano a possibilidade de se fortalecer para 2018, quando deve disputar o governo do estado. Antes disso, o demista tentará a reeleição em 2016. Em ambos os cenários, Neto vai precisar da força do governo federal, já que Paulo Souto não conseguiu se eleger.
Ao contrário dos petistas, que viram o enfraquecimento de Neto após a derrota de Paulo Souto (DEM) ainda no primeiro turno na sua terceira derrota consecutiva, o próprio ACM Neto não acredita que foi o ‘grande’ derrotado das urnas. Neto fez as vezes de cabo eleitoral de Souto e de um sem número de candidatos a deputado estadual e federal dos partidos de oposição.
Tanto Rui Costa, quanto o governador Jaques Wagner cravaram: o maior derrotado da eleição foi ACM Neto. Neto rebate. “O próprio governador falou que prefeito sozinho não elege ninguém. Então, não sei o porquê de dizer que fui derrotado”, retrucou, em conversa com o
Bocão News, e alfinetou. “Há uma arrogância muito grande do governador e do PT”.
Ademais, Neto reafirma que a oposição cresceu. Ele compara as eleições de 2010 com as deste ano. "Souto teve quase 40%. Quatro anos atrás, ele teve 16%”, afirmou.
Os petistas riem da declaração. Dizem que o que a oposição teve agora se iguala há quatro anos, quando Wagner enfrentou nas urnas dois oposicionistas: o próprio Souto e Geddel Vieira Lima, que também concorreu ao governo do Estado. Juntos tiveram quase 32%. Desta vez, teve 37%.
Publicada no dia 13 de outubro de 2014, às 12h18