Política

Marina diz que campanha desconhecia compra ilegal de jato pelos proprietários

Imagem Marina diz que campanha desconhecia compra ilegal de jato pelos proprietários
Candidata disse que comitê financeiro iria pagar os serviços prestados  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/08/2014, às 20h47   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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A candidata à presidência da República pelo PSB, Marina Silva, foi questionada pelo jornalista Willian Bonner, durante o Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite desta segunda-feira (11), sobre o uso do jato Cessna Citation pela campanha do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB), que é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) sob suspeita de uso de empresas fantasmas para compra da aeronave, que caiu no último dia 13 e matou o ex-governador de Pernambuco e mais seis pessoas.

Bonner quis saber se a postulante pessebista sabia dos problemas ou confiou cegamente nos aliados. “Nós tínhamos uma informação de que era um empréstimo, que seria feito um ressarcimento, no prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria Justiça Eleitoral, até o encerramento da campanha. E que esse ressarcimento iria ser feito pelo comitê financeiro do candidato”, afirmou, ao ser interrompida pelo apresentador, que procurou saber se a postulante sabia que a aeronave pertencia a laranjas.

“Não tinha nenhuma informação quanto a qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião. As informações eram exatamente aquelas referentes às formas legais de adquirir provimento desse serviço”, disse.

Marina ainda cobrou rigorosidade nas investigações que a PF realiza, quando foi interrompida novamente por Bonner, ao acusar a postulante de utilizar o mesmo discurso utilizado por todos os políticos no Brasil, ou seja, da “velha política”, diferente dela que levanta a bandeira de uma "nova política".

“Esse é o discurso que tenho usado para todas as situações, inclusive com os meus adversários, e não como retórica, mas como desejo de que, de fato, quer que as investigações aconteçam, porque o meu compromisso e de todos aqueles que querem a renovação da política é com a verdade. E a verdade não vem apenas pelas mãos do partido, nem pela investigação da imprensa, que eu respeito o trabalho de vocês. Ela terá que ser aferida pela investigação que está sendo feito pela Polícia Federal. E isso não tão tem nada a ver com querer tergiversar ou se livrar do problema”.

Questionada sobre uma possível "falta de rigor ético” que a candidata tenta demonstrar perante seus adversários, ao mesmo tempo que usa uma aeronave sob suspeita, Marina afirmou que costuma usar "dois pesos e duas medidas".

“O rigor foi buscar as informações com aqueles que deveriam prestar as informações em relação à forma como aquele avião estava prestando o serviço. E a forma como estava prestando o serviço era por um empréstimo que seria ressarcido pelo comitê financeiro. Agora, a postura dos empresários e os problemas que estão sendo identificados agora pela imprensa, e que com certeza serão esclarecidos pela Polícia Federal, esses eu, como todos os brasileiros, estou aguardando e com todo o rigor. Eu não uso de dois pesos e duas medidas. A régua que uso para os meus adversários, eu primeiro uso comigo”, explicou.

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