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Lídice diz que Rui foi secretário especial e não tem experiência de gestão

Imagem Lídice diz que Rui foi secretário especial e não tem experiência de gestão
Candidata participou do programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/08/2014, às 09h32   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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Lídice participou nesta terça do Se Liga Bocão, na Itapoan FM


Com a mudança na corrida presidencial, onde a candidata do PSB, Marina Silva, já desponta como favorita para enfrentar a presidente Dilma Rousseff (PT) no inevitável segundo turno das eleições, a campanha da candidata ao governo da Bahia, Lídice da Mata, do mesmo partido de Marina, também deu início a uma reformulação em sua estratégia de campanha e deve mirar o seu principal adversário na disputa para alcançar um possível segundo turno no pleito estadual contra o postulante Paulo Souto (DEM), que lidera as intenções de votos.

Tecnicamente, Lídice e Rui estão empatados, conforme últimas pesquisas divulgadas. A soma dos dois juntos está abaixo do índice alcançado por Souto, o que indica a vitória do demista no primeiro turno, se a eleição fosse hoje. Além disso, os socialistas baianos já colocaram na cabeça que só Lídice tem condições de forçar um segundo turno na Bahia contra o representante da principal chapa oposicionista ao governo do Estado. A estratégia agora deve voltar-se a tentar angariar os votos dos descrentes com o PT, tanto local como nacional, o que, automaticamente, beneficiaria as duas candidaturas do PSB – Palácios de Ondina e do Planalto.

Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, na noite desta terça-feira (26), Lídice afirmou que Rui Costa foi apenas um secretário especial e não tem experiência de gestão, diferente dela que já foi prefeita de Salvador.

“Rui Costa teve duas secretarias. Uma era a de Relações Institucionais, então, nenhuma obra efetivou, a não ser a obra da construção democrática e do diálogo, etc. E nesse ponto, ele foi o negociador que levou duas greves [uma da polícia e uma dos professores] ao governo do Estado. A Secretaria da Casa Civil são projetos especiais que são tocados e não executa obra diretamente”, avaliou, ao falar sobre a exposição nas propagandas eleitorais do candidato governista como um “tocador de obras” do governo Jaques Wagner (PT).

“Pegar as obras de um governo e creditar a uma pessoa só é uma forma de tentar transferir o prestígio eleitoral, dando uma importância excessiva àquele candidato, porque ele tem importância por si só, na medida em que ele foi escolhido pelo grupo para representá-lo. Ele não precisa ser herdeiro de um esforço de todo um conjunto de partidos ou de executar obras do governo. Se ele fez tudo, o que o governador fez, então?”, questionou, ao considerar uma estratégia ultrapassada.

Lídice ainda voltou a afirmar que Wagner errou ao escolher Rui Costa para disputar a sucessão estadual. “A candidatura é um conjunto de circunstâncias e ela se dá no momento em que há uma desilusão e frustação com o PT, nacionalmente, e por isso era preciso um candidato que incorporasse mais a história do partido, os seus ideais e ele próprio tivesse uma liderança já consolidada para que ele pudesse expressar e motivar os eleitores do partido, mas eu não vejo isso em Rui, a despeito de ele ser um grande homem, que conheço muito e sei que ele é do bem”, disse.

A senadora reconheceu que Rui Costa foi uma pessoa de "grande confiança" do governador e que ajudou a administração petista, "mas isso precisaria ser dito desta forma e não uma transferência, que me parece artificial dentro do processo político eleitoral”.

Publicada no dia 26 de agosto de 2014, às 20h07

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