Política

Wagner rebate críticas de Lídice da Mata sobre monopolização do PT

Gilberto Jr.
Governador disse que Eduardo Campos optou por um sucessor do PSB, não dando chance a outro partido  |   Bnews - Divulgação Gilberto Jr.

Publicado em 23/08/2014, às 08h46   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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O governador Jaques Wagner considera uma grande bobagem a declaração da senadora Lídice da Mata (PSB) que acusou o PT de trair um princípio fundamental na democracia que é a alternância de poder. “Isso é uma grande bobagem. Bom, não gosto de falar de quem não está aqui para se defender, mas Eduardo Campos, em Pernambuco, também não abriu espaço para outro partido disputar a sua sucessão, indicou um nome do PSB”, alfinetou. Ex-governador de Pernambuco, Eduardo morreu na quarta-feira (13), quando o avião em que estava com outras seis pessoas, caiu em Santos, São Paulo.

Wagner diz que defende que em 2018 o nome para disputar a eleição para o governo seja de um partido da base, não necessariamente do PT. “Já fiz essa defesa”, afirmou Wagner ao Bocão News, na manhã desta quinta-feira, após coletiva sobre a assinatura da ordem de serviço para duplicação das BRs 101 e 116.

Apesar das respostas mais firmes, Wagner diz não esconder a admiração e o afeto que nutre por Lídice. "É uma amiga, uma pessoa querida". Questionado se tanta amabilidade tem como pano de fundo conseguir o apoio do PSB num eventual segundo turno entre Rui Costa, do PT, e Paulo Souto, do DEM, Jaques Wagner descarta. "Sempre tive uma ótima relação com Lídice. A candidatura dela foi mais em função do palanque que teria que dar a Eduardo na Bahai do que uma vontade própria".

Sobre as primeiras baixas na candidatura de Marina Silva à presidência - o PSL deixou a aliança e o secretário geral do PSB rompeu com a candidata -, Wagner preferiu não opinar. "Não tenho como falar de problemas internos".  Entretanto, não perdeu a oportunidade de espetar o PSDB, adversário de primeira hora do PT. "O que sei é que Aécio Neves está com medo. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Ele sabe que haverá segundo turo entre Dilma e Marina".

Quando confrontado com a afirmação de que Dilma também teme não 'matar' a disputa no primeiro turno, Wagner é direto. "O medo dela é muito menor do que o de Aécio".

*Matéria originalmente publicada às 14h23 desta sexta-feira (22)

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