Em entrevista ao Se Liga Bocão, Negromonte nega acusações da Veja

Publicado em 11/08/2014, às 19h04 David Mendes (Twitter:@__davidmendes)

O conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mário Negromonte, afirmou nesta segunda-feira (11) que ficou surpreso com as declarações da ex-contadora de Alberto Youssef, Meire Poza, em depoimento à Polícia Federal (PF), que um irmão do ex-deputado federal do PP era quem transportava supostas malas de dinheiros para Negromonte via o doleiro, oriundos de construtoras.

As informações foram publicadas pela revista Veja neste final de semana. “Fiquei muito surpreso com a declaração dela e fui atrás da veracidade. Em três depoimentos [à PF] ela não cita o meu nome”, afirmou o membro da corte baiana de contas, em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na rádio Itapoan FM.

Para Negromonte, as denúncias da Veja são por conta de um “ciúme” da revista mais vendida do país. “No passado, quando eu era ministro, nós tínhamos mais patrocínios institucionais com a Isto É e a Veja ficou enciumada com isso e passou a bater em mim”, acredita.

Sobre a citação do irmão como um possível "coiote", o ex-pepista disse que o parente negou participação no esquema de corrupção do doleiro que pode ter consumido dos cofres públicos R$ 10 bilhões. “Eu não fiscalizo a vida dele. Ele me disse que não. Se meu irmão deve algo já deveria ter sido chamado para depor. Já são cinco meses. Ele nunca foi chamado pela PF, pela Justiça Federal. O nome dele não aparece em nada. Uma coisa é o depoimento dele à PF e outra coisa é a denúncia da Veja”, rebateu.

Ainda no bate-papo com Zé Eduardo, Negromonte revelou que conheceu Alberto Yousseff em 2008, através do ex-líder do PP José Janene, que seria amigo do doleiro e foi um dos réus do mensalão, antes de morrer em setembro de 2010 após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Eu fui a um encontro e essa figura estava lá e todos os deputados [do PP] conheceram ele", explicou.

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