Política

Procurador Geral pede ao STF que retire tempo de TV do Solidariedade

Imagem Procurador Geral pede ao STF que retire tempo de TV do Solidariedade
Para Janot, novos partidos não podem ter mesmo tratamento das legendas que já receberam votos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 26/06/2014, às 06h12   Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)


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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (20), que o Solidariedade não tenha participação no Fundo Partidário e no tempo de rádio e TV nas eleições deste ano. O documento foi divulgado nesta quarta (25) pela Procuradoria Geral da República (PGR).

No final de março deste ano, o partido entrou com ação no STF para que a Corte analise a validade da Lei 12.875, de 30 de outubro de 2013, que impede que deputados que mudem de legenda no meio do mandato transfiram para a nova sigla parte do fundo partidário e do tempo no rádio e na TV da agremiação de origem.

Antes da sanção presidencial em outubro, a lei chegou a ter sua tramitação interrompida no Congresso por questionamentos à sua constitucionalidade. Na época, a Rede, de Marina Silva, que tentava juntar assinaturas para ser registrada, argumentava que o projeto de lei inibia a criação de novos partidos. Na ação que apresentou ao STF, o Solidariedade, fundado em novembro do ano passado, alegou que, com a nova lei, não teria recursos e tempo de mídia na propaganda eleitoral deste ano.


Pela lei, os novos partidos mantêm esses direitos, mas com uma proporção muito menor do que antes. Para o procurador, os novos partidos não podem ter o mesmo tratamento do que as legendas que já receberam votos nas últimas eleições. "Não há igualdade material entre agremiações que contem com representantes eleitos à Câmara dos Deputados e siglas criadas no curso da legislatura. Estas ainda não se submeteram ao voto popular nem elegeram representantes no pleito. Embora iguais no plano da legalidade, não o são no que diz respeito à legitimidade política”, argumentou Janot.

O processo está pronto para julgamento no plenário do Supremo, mas não há data prevista para análise do tema.


Publicada no dia 25 de junho de 2014, ás 15h50

Classificação Indicativa: Livre

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