Política

PF investiga contrato de R$ 443,8 milhões da Petrobras

Publicado em 11/04/2014, às 17h15   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam se o contrato de R$ 443,8 milhões firmado entre a Petrobras e a Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços em julho de 2013 teve a interferência do ex-diretor de Abastecimento da petrolífera brasileira Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Os dois foram presos na Operação Lava-Jato.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, documentos apreendidos pela Polícia Federal mostram que apenas dois meses depois do contrato assinado com a Petrobras foi assinada uma carta-proposta confidencial entre a Ecoglobal e emissários da dupla.
Segundo o documento, por R$ 18 milhões, 75% da Ecoglobal seriam transferidos às empresas Quality, que pertenceria a Youssef, e Sunset Global Participações, que pertence a Costa e foi constituída em maio do ano passado com capital de apenas R$ 1 mil. O terceiro sócio na empreitada seria a Tino Real Participações que, segundo a PF, pertence a Maria Thereza Barcellos da Costa e Pedro Carlos Storti Vieira. A PF identificou ligações entre Maria Thereza e Eric Davi Belo, envolvido em crimes relacionados a fundos de pensão.
Nesta sexta-feira, policiais federais realizaram a segunda etapa da Operação Lava-Jato, onde foram expedidos pela Justiça Federal dois mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Macaé (RJ) e Niterói (RJ). Agentes também estiveram no escritório da Ecoglobal ambiental, que funciona no centro da capital fluminense. 
Para os investigadores, o valor de venda da Ecoglobal é baixo se comparado aos negócios que ela conseguiu firmar com a Petrobras. “Causa estranheza que empresa que logre obter contrato de 443 milhões de reais seja negociada na mesma época, 75% das cotas, por 18 milhões. Os fatos sugerem atuação dos compradores das empresas Ecoglobal na obtenção do contrato junto à Petrobras, ainda não esclarecidos os meios, com concomitante aquisição da referida empresa, sugerindo que não poderiam estar antes no quadro social, o que gera fundada suspeita da licitude”, afirma documento da Justiça Federal.

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