Publicado em 23/11/2014, às 08h46 Emerson Nunes (Twitter: @emenunes )
A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Salvador promete esquentar. Essa semana, o PTN decidiu oficializar a candidatura do partido para disputar com o atual presidente Paulo Câmara (PSDB), com ou sem o aval do prefeito ACM Neto (DEM), que promete não se envolver na disputa do legislativo municipal. "A eleição na câmara não depende do prefeito, depende dos vereadores. Meu desejo é que a base possa estar unida, mas eu não posso impedir isso. Caberá aos vereadores decidir”, explicou.
Quarta-feira o prefeito vai receber a bancada do PTN na Câmara de Salvador, o presidente estadual da legenda, Maurício Bacelar, e o deputado estadual João Carlos Bacelar, ex-secretário de Educação de Salvador. "Aguardar qual é a conversa que o PTN vai me apresentar, mas eu repito: não cabe ao prefeito decidir, cabem aos vereadores".
O PTN, que tem a maior bancada de sustentação do prefeito ao lado do DEM, com a mesma quantidade de vereadores, divulgou esta semana uma nota afirmando que o principal motivo para manter a candidatura foi um acordo de rodízio na presidência. Paulo Câmara nega quebra de acordo da parte dele, e diz que o PTN decidiu manter a candidatura de Carlos Muniz (PTN), atual primeiro vice-presidente da casa mesmo depois de conversa com a bancada. "Não houve quebra de acordo. Existia um pré-acordo no dia 22 de dezembro, um sábado, e no dia 26, numa quarta-feira, ele saiu candidato", explicou.
Câmara afirma ter conversado com os partidos em busca de votos para manter o comando e garante já ter conseguido o apoio da maioria dos vereadores, inclusive os que fazem oposição ao governo municipal, entre eles o PT. "Conversei com quase todos os partidos. Já falei com os vereadores e os presidentes partidários", explicou.
O tucano disse respeitar a legitimidade do PTN se manter na disputa e promete prosseguir com a candidatura. "É legitimo que qualquer vereador possa se candidatar eu tenho que compreender e respeitar. Hilton Coelho será candidato, até para marcar a posição do seu partido. Como é legitimo o PTN, que tem uma bancada de vereadores pleitear. Eu fui instado pelos meus colegas vereadores e vou tentar o consenso, se não for possível vou para a disputa", garantiu.
Publicada no dia 22 de novembro de 2014, às 13h12
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