Política

Rosemberg diz que até ele assina lista de Nilo, mas o voto é que elege

Imagem Rosemberg diz que até ele assina lista de Nilo, mas o voto é que elege
Deputado afirma que lista só elege no Judiciário e mesmo assim precisa de aval do governador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/11/2014, às 15h36   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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O líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Rosemberg Pinto, anunciou na tarde desta quarta-feira (20) sua candidatura à presidência da Casa, sob o comando há oito anos do deputado Marcelo Nilo (PDT), que anunciou que disputará mais uma vez o cargo. A eleição está marcada para acontecer em fevereiro do ano que vem.

Com o apoio dos 13 colegas de bancada, Rosemberg afirmou que a decisão de pleitear a presidência "não é nada pessoal", mas será “para o bem da democracia baiana”.

“Não é uma candidatura contra Marcelo. Ele é uma pessoa querida. Agora, o PT apoiou ele quatro vezes, então, gostaríamos de ter pelo menos uma vez o apoio dele”, justificou.

Em entrevista ao Bocão News, Rosemberg afirmou que comunicou a decisão ao governador Jaques Wagner (PT) e ao próximo, Rui Costa (PT), alfinetou a exibição dos apoios declarados a Nilo, e afirmou que a sua candidatura está pautada em “pontos básicos”.

Aval de Rui Costa e Jaques Wagner

“O governador Jaques Wagner e o governador [eleito] Rui Costa já declararam publicamente que não iriam interferir na eleição da Assembleia, mas, por uma questão de compromisso partidário, tanto Wagner quanto Rui são do meu partido, antes de qualquer manifestação comuniquei aos dois a posição do nosso partido de querer ter uma candidatura”.

Apoios já declarados de deputados a Marcelo Nilo



“A eleição está começando. Se o presidente Marcelo Nilo me pedir para assinar a lista dele, eu vou assinar. A lista serve apenas para dizer que a pessoa tem capacidade para ser presidente. E ele tem, mas o voto é aqui [plenário], não em lista. Voto em lista só no Judiciário, mas ainda assim é o governador ou a presidente que escolhem”.

Reeleição

“Precisamos acabar com a reeleição de forma indeterminada e criar um regramento para que os deputados votem se querem acabar na sua totalidade ou ter apenas uma reeleição, mas isso vai ser o consenso dos deputados. Temos que interromper essas sucessivas reeleições”.

Mesa Diretora

“Hoje não tem qualquer serventia. Perdeu todas as suas atividades, que foram transferidas para a presidência. Não sei nem quem é que assina junto com o presidente da Casa. Não temos conhecimento e não sabemos como funciona”.

Gestão da Casa

“Queremos fazer uma gestão compartilhada, aonde o presidente faça as indicações das áreas que são relativas às da presidência e, as demais, sejam compartilhadas com os partidos para que não fique uma centralização muito grande. A área de Recursos Humanos deve ser de responsabilidade da área administrativa sob a ótica da 1ª Secretaria. Precisamos também criar um mecanismo para que os deputados se sintam iguais, porque todos que chegam aqui têm que ter o mesmo procedimento, mesmo tratamento. Defendo que a gente vote nas terças-feiras projetos do Executivo e nas quartas-feiras projetos dos deputados, coisa que é muito difícil votar projeto de deputados. Temos que votar sempre esses projetos dos deputados desde que sejam constitucionais. Devemos ainda estimular mais debates temáticos, que vão ajudar muito nos projetos que são apreciados no plenário”.

Nota originalmente posta às 23h40 do dia 20 de novembro de 2014.

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