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Mãe prepara enterro, mas corpo de advogado não é liberado

Imagem Mãe prepara enterro, mas corpo de advogado não é liberado
Ricardo Andrade Melo foi sequestrado e assassinado por Paulinho Mega em Salvador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/10/2014, às 06h42   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Nesta terça-feira (21), depois de preparar o velório e convidar parentes e amigos para o enterro do filho, a empresária Miriam Andrade, mãe do advogado Ricardo Andrade Melo, 37 anos, sequestrado e assassinado por Paulinho Mega, continua sofrendo com a espera da liberação do corpo.

“Está sendo uma dor imensa que você nem pode imaginar. Eu estava esperando e o corpo não chegou... É muito triste o que estou passando. Mas nós decidimos que amanhã, eu e minha filha estaremos lá no IML para uma reunião com a diretoria do Instituto Médico Legal. Eles deram um prazo e isso não foi cumprido”, lamenta em conversa com o Bocão News.

E continua: “eu pedi desculpas a todas as pessoas que foram nos confortar. A urna está lá no IML. Toda uma estrutura foi montada e nada aconteceu”, finaliza a mãe que estava esperando enterrar o filho na manhã de hoje.

O corpo de Ricardo ainda permanece no 
Departamento de Polícia Técnica (DPT) e apesar das evidências, ainda não foi confirmado se o corpo encontrado em uma cisterna, em Castelo Branco, é do advogado, sequestrado em 29 de abril, dia em que completava 37 anos.


Prisão


Paulinho Mega foi preso no centro de São Paulo na noite do dia 5 de setembro e trazido para Salvador numa operação conjunta entre as policias baiana e paulista. Durante a apresentação, o acusado confessou participação no sequestro do advogado, mas negou ter matado ou dado a ordem para execução da vítima. Segundo ele, foi esquematizado junto com seu comparsa Arivan somente o sequestro, pois precisava do dinheiro para fugir do Brasil, por conta da condenação de 22 anos de prisão devido a um latrocínio anteriormente. 
Em depoimento ao delegado Cleandro Pimenta, Paulinho afirmou que viajou para São Paulo com o seu pai, que não sabia de nada, 48 horas depois do sequestro e a vítima ficou no cativeiro, localizado dentro da fábrica Bahia Palet, em Castelo Branco, com Arivan. Da capital paulista, teria feito o contato com a família do advogado para pedir o dinheiro do resgate, que inicialmente seria R$ 300 e posteriormente pretendia alcançar R$ 2 milhões. 
Após sete dias, Paulinho entrou em contato com Arivan para informar que o pagamento ainda não tinha sido efetuado, recebendo a resposta do comparsa: "Agora já era", mas que não ordenou nenhuma ordem. Já o Arivan, acusou Paulinho de participar na execução e da ocultação do corpo, e ainda afirmou que o crime foi realizado nas primeiras 48 horas. 
Durante a apresentação, Arivan se manteve calado, sem falar com a imprensa. Mas, de acordo com Pimenta, o acusado contou que deu uma paulada na cabeça do avogado e em seguida jogou o corpo na cisterna, próximo ao cativeiro. Os autores do crime se conheceram durante cumprimento de pena em um penintenciária no Mato Grosso. 
Não liberaram o corpo do meu filho, diz mãe do advogado morto por Paulinho Mega


Publicada no dia 21 de outubro de 2014, às 16h46

Classificação Indicativa: Livre

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