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Ambulantes alegam prejuízos com demora de obra da Prefeitura

Bocão News
A Desal estima que a obra ainda vai durar por cerca de três meses  |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 25/11/2014, às 08h42   Gabriel Soares (Twitter: @bocaonews)


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A situação é crítica quando o assunto é o piso da Rua Nova de São de Bento, uma das transversais da Avenida Joana Angélica, no centro de Salvador. A rua é conhecida pela venda de mercadorias por ambulantes, mas uma obra de reestruturação do local impede a atuação dos vendedores. No primeiro momento a obra era operada pela Superintendência de Conservação e Obras Públicas de Salvador (Sucop) e Embasa, que já concluíram suas etapas, e há duas semanas é coordenada pela Desal (Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador). Entretando, a Desal só pôde realizar as atividades no local por uma semana até então, uma vez que as fortes chuvas na capital baiana interferem na realização dos trabalhos.




De acordo com as informações obtidas junto à Desal, a Companhia já dispôs de 16 caçambas de arenoso para pavimentar a via como é possível ver na foto. Devido às particularidades da estrutura física da rua, não é possível fazer a pavimentação com concretos, por isso utiliza-se arenoso para montagem dos pisos intertravados. Segundo a assessoria da Desal, a obra não tem data exata para ser concluída, mas deve durar cerca de mais três meses, com previsão de entrega para fevereiro. O principal motivo do atraso é as frequentes chuvas em Salvador, o que impede determinados procedimentos na reestruturação da via. A obra é um projeto da Fundação Mário Leal Ferreira e a Desal garante que as obras estão seguindo as diretrizes delineadas pelo projeto. 





Os vendedores ambulantes que atuavam no logradouro foram realocados em outras ruas, mas a classe afirma que isso não aconteceu com todo o contingente e ainda assim gerou problemas para os trabalhadores. De acordo com Alemão, representante da Associação de Ambulantes da Região Metropolitana de Salvador (Asfaerp) na região da Avenida Sete de Setembro, o atraso das obras tem gerado diversos problemas, não somente para os ambulantes, mas para todo o comércio da região. Uma vez que todos os ambulantes não foram realocados, alguns começam a ocupar as calçadas das avenidas principais (Joana Angélica e Sete de Setembro), gerando tumulto entre os transeuntes e bagunça na fachada das lojas. A realocação de ambulantes é realizada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). 





"É muito tempo para uma obra de restruturação do solo e em uma rua que abrangia muitos ambulantes. Já se passaram três meses, estão chegando as festas de fim de ano, e os ambulantes não podem ficar sem trabalhar neste período que é o mais propício para as vendas. O que vai acabar acontecendo é a ocupação da rua pelos vendedores mesmo sem concluir a obra", desabafa Alemão. 
Na manhã de hoje (24), a Rua Nova de São Bento estava repleta de lama, britas e lixo. As fotos denunciam que é nestas condições que os pedestres e trabalhadores transitam na localidade.
Publicada no dia 24 de novembro de 2014, às 17h13

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