Entretenimento

Parque de Exposições é uma ruína, diz dono da Central do Carnaval

Publicado em 02/10/2014, às 05h51   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O dono da Central do Carnaval e presidente da Associação Brasileira de Entretenimento na Bahia, Joaquim Nery, criticou em artigo, a pouca quantidade de espaços de lazer em Salvador. Em seu argumento publicado no jornal Correio, ele ressaltou que nenhum desses espaços é planejado para eventos musicais. 
"As festas e grandes shows acontecem em lugares improvisados, arremedos de casas de espetáculo. O Wet’n Wild é a ruína de um parque aquático e o Parque de Exposições é a ruína de um centro de exposições agropecuárias. Pela falta de um espaço adequado, os grandes shows fogem para a Praia do Forte e Lauro de Freitas, diz trecho da publicação.
Durante seu argumento, ele lembra da "novela" do Bahia Café Hall, que envolve o governo do estado e os empresário  Guillardo Lopes Filho,  um dos sócios. Segundo Ney, o espaço é improvisado, pois não foi construído para ser espaço de eventos, mas é o único lugar na cidade que comporta shows de até 4 mil pessoas com uma relativa infraestrutura. É uma casa de tamanho médio e fundamental para a manutenção dos ensaios de verão.  
"A notícia da desapropriação do Bahia Café Hall deixa os produtores de eventos de Salvador apreensivos, pois existe o receio de que seja mais um espaço de eventos que irá se fechar na cidade, ceifando milhares de empregos temporários onde já existem tão poucos", argumenta.

Nery finaliza dizendo que teme que o local seja destinado a outra função que não a de proporcionar música e lazer para Salvador. "É fundamental para a cidade que o Bahia Café Hall continue a ser um espaço para a música e para festas, pois nesta cidade que tem poucas indústrias e serviços, pelo menos o show deve continuar", diz.

Impasse longe do fim
Ao Bocão News, o empresário Guillardo Filho afirmou que foi feito um projeto para o novo Bahia Café Hall cujo investimento chega aos R$ 3 milhões. "Faríamos este investimento e ainda aceitamos o valor da proposta do alguel que ficaria em R$ 40 mil. Ao final, o Governo terá uma casa de show funcionando com toda estrutura e toda qualidade com valor de ponto que um negócio tem. Daqui a uns 10 anos, que foi o prazo que a gente pediu, o Governo fará uma nova licitação e vai pedir uma luva de milhões e o Governo vai ganhar. Eu não estou fazendo nenhuma proposta indecente", afirmou. Os advogados do Bahia Café Hall irão recorrer da decisão.
À reportagem, a Secretaria de Administração da Bahia (SAEB) defendeu que o local é uma área de preservação ambiental, com mil metros quadrados, e que o prejuízo ao erário público já ultrapassa os R$ 2,2 milhões. O governo já informou também que vai continuar mantendo o local como espaço de espetáculos, mas não de um único dono, como é atualmente. Drepois que a Justiça decidir o caso, o governo deve lançar a situação.

Nota originalmente postada dia 1º

Classificação Indicativa: Livre

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