Política
Publicado em 30/12/2022, às 11h48 Vinícius Dias
Ficou no passado? Após o anúncio da equipe ministerial completa de Lula, com 37 nomes que vão compor seu governo a partir do próximo domingo (1°), um fato chamou atenção: três dos nomes escolhidos por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram a favor da deposição de Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Até hoje, o PT e setores mais à esquerda se referem ao impeachment de Dilma como um golpe de Estado, tramado para retirar o partido do poder. À época, foram quatro mandatos consecutivos da legenda com as vitórias de Lula e Dilma nas urnas entre 2002 e 2014. A presidenta foi destituída em 2016.
No entanto, isso não foi problema para Lula. Companheira de campanha nas últimas eleições, a senadora Simone Tebet (MDB) foi um dos nomes que votou a favor do impeachment de Dilma no Senado. Ela vai comandar a pasta do Planejamento, uma das três responsáveis por tocar a área econômica do Governo na Esplanada dos Ministérios.
Apoiadores de Lula começam a chegar em Brasília pic.twitter.com/IG8un8IRfH
— BNews (@bnews_oficial) December 30, 2022
Além do Planejamento, o atual Ministério de Economia será desmembrado em Fazenda (Fernando Haddad, PT) e Indústria e Comércio (Geraldo Alckmin, vice-presidente, filiado ao PSB).
"Por todo o mal que causou e está causando à população brasileira, eu voto a favor do impeachment da senhora presidente da República", disse Tebet ao declarar seu voto em 2016.
Os outros dois nomes que votaram pelo impeachment de Dilma foram André de Paula (PSD-PE) e Juscelino Filho (União Brasil-MA). André de Paula será ministro da Pesca e Aquicultura.
Ele também é presidente do PSD em Pernambuco e fez um discurso inflamado contra Dilma ao anunciar seu voto no Congresso.
"Pela ética na politica, pela decência, por Pernambuco e pelo Brasil, sim", esbravejou.
Por fim, Juscelino Filho, eputado federal eleito para terceiro mandato, vai ocupar o Ministério das Comunicações. Vice-líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, ele afirmou que seu voto pela deposição de Dilma era sim "por um futuro melhor para o nosso Brasil", além de mencionar os colegas médicos e a família.
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