“PSB precisa ser protagonista da sua própria história”, diz Sílvio Humberto sobre escolha de Robinson pelo PT

O vereador Sílvio Humberto (PSB) minimizou, na tarde desta terça-feira (29), a escolha do deputado estadual Robinson Almeida (PT) como pré-candidato petista à prefeitura de Salvador em 2024. De acordo com ele, que também é um dos postulantes à candidatura do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT), a decisão do partido aliado não altera o plano socialista de apresentar um plano para a cidade.

Sílvio Humberto aproveitou para lembrar que, nesta quarta (30), o PSB deve se reunir para discutir reforma urbana, meio ambiente e tributação verde, como parte de um processo para elaborar um programa para Salvador. O plano completo está previsto para ser entregue entre outubro e novembro.

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“Nós seguimos com o nosso plano. Primeiro, discutir e apresentar à cidade o plano. A cidade que temos e a cidade que queremos. É isso que, inclusive, nós vamos fazer amanhã, discutindo a tributação verde. Eu acho que mais importante do que discutir os nomes é discutir o que nós queremos para a cidade de Salvador”, disse Sílvio Humberto.

O edil relembrou também a eleição da então presidente estadual do PSB, a deputada federal Lídice da Mata, para a prefeitura de Salvador em 1992. Eleita pelo PSDB, ela mudou de legenda e integra ainda hoje os quadros socialistas na cidade.

“O governo chamou ontem para fazer uma espécie de uma primeira conversa. O PT resolveu apresentar um nome e nós vamos continuar, porque nós somos um partido. Nós não estamos dentro da federação. Eu sempre tenho defendido que o PSB precisa ser protagonista da sua própria história. E nós temos uma história lá em 1992, com a deputada Lídice da Mata. Eu entendo que nós precisamos apresentar agora à cidade o que nós queremos. E eu acho que um bom caminho é fazê-lo via esses debates com a sociedade civil”, defendeu o vereador.

O socialista ainda concluiu lembrando da identidade negra de Salvador, que acaba sendo sub-representada nas estruturas de poder da cidade.

“A gente precisa abrir outras portas. É preciso tentar olhar para essa cidade e discutir a questão da sua identidade. É preciso perceber que nós fizemos 200 anos de independência e a cidade precisa apresentar uma construção que dê horizonte para outros 200 anos. E outros 200 anos, no meu entender, passa por uma discussão mesmo da questão racial na cidade, o peso, a discussão do racismo institucional, onde essa população negra está clamando por ser protagonista da sua história”, finalizou Sílvio Humberto.