Sem expectativa em novo governo, Ney Campelo voltará a lecionar

Publicado em 01/11/2014, às 10h32 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)

Escalado para tratar dos assuntos referentes a Copa do Mundo na Bahia, o secretário Ney Campelo se prepara para voltar à sua atividade profissional: professor. O Diário Oficial da Bahia publicou nesta sexta-feira (31), o decreto que definirá a extinção da Secopa em 31 de dezembro deste ano. A missão ficará por conta das secretarias de Administração e Fazenda, além da Fundação Pedro Calmon.

Sem expectativa de compor o novo secretariado do governador eleito, Rui Costa (PT), Campelo disse que não há expectativas profissionais, mas conversará com o partido que tenta uma vaga na nova gestão. Entretanto, a legenda deverá obter cargos reduzidos que a gestão de Jaques Wagner, já que Rui Costa anunciou que vai enxugar a máquina pública extinguindo cargos comissionados.

“Só tenho que agradecer ao governador Jaques Wagner pela oportunidade em realizar um evento grandioso como a Copa do Mundo em que fomos muito bem avaliados. Agora, o PCdoB mostrou que não é mais um partido de palanque e possui quadros técnicos competentes para administrar. Vou acompanhar o governador. Se não puder ajudar no governo voltarei a lecionar”, disse em entrevista ao Bocão News. Campello é professor de administração e graduado em Direito.

Na gestão Wagner, a sigla comunista obteve cargos na Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda e Esporte (Setre), com Nilton Vasconcelos; a Bahiagás, comandada por Davidson Magalhães – foi candidato a deputado federal, mas só conseguiu a suplência; a Sudesb com o ex-jogador do Bahia, Bobô – que se elegeu deputado estadual; e cargos na Secretaria da Saúde.

Patrimônio Secopa

Com a extinção da pasta, todo o patrimônio físico será distribuído para secretarias do estado. Equipamentos como cerca divisórias, sistema de controle de Raio X, raquetes, cones, cadeiras, serão encaminhadas às secretaria de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ressocialização e Educação. Um patrimônio equivalente a R$ 2 milhões.

A preocupação de Campelo é referente à reintegração dos 40 funcionários da Secopa. Uma lista com nomes e cargos dos funcionárias será encaminhada ao governador eleito, Rui Costa, para que possam ser aproveitados pelo Estado. Apesar da contenção de custos do novo governo, Campelo defende a racionalização com competência. “A Secopa constituiu uma equipe com inteligência para mega eventos e isso deve ser considerada pela nova gestão”, pontua. Todo o patrimônio da Secopa deverá ser destinado até 31 de dezembro.

Publicada no dia 30 de outubro de 2014, às 20h27

Classificação Indicativa: Livre