Empreteiras envolvidas no escândalo da Petrobras estudam fazer um acordo, admitindo irregularidades em troca de
penas mais brandas para seus executivos. Por esse acordo, as empreiteiras se comprometerial a devolver o dinheiro
desviado da estatal para o pagamento de propinas a vários partidos políticos - já foram citados nomes de PT, PMDB, PP e PSDB.
Antes de avançar na ideia, as empresas esperam a definição, em primeiro lugar, do magistrado que tocará o caso. Elas já apresentaram pedidos para que o juiz Sergio Moro, do Paraná, deixe de comandar o processo. Alegam que as irregularidades não ocorreram no estado, e sim no Rio e em SP.
O acordo de leniência dependeria também de uma grande "costura" envolvendo Polícia Federal e Ministério Público.
Donos e acionistas majoritários de algumas das empreiteiras temem que alguns de seus diretores, se pressionados, resolvam fazer, por conta própria, uma delação premiada, seguindo o exemplo de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Com o acordo, manteriam ao menos certo controle sobre o processo. *As informações são da colunista Mônica Bergamo, do Folha de S. Paulo.