Política

Luis Argôlo frequentava escritórios de Youssef, diz sócio do doleiro

Imagem Luis Argôlo frequentava escritórios de Youssef, diz sócio do doleiro
Único nome de parlamentar citado por Carlos Alberto Pereira da Costa foi o do baiano  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/09/2014, às 08h25   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O sócio do doleiro Alberto Youssef na empresa GFD Investimentos, Carlos Alberto Pereira da Costa, declarou em entrevista Jornal Nacional que parlamentares frequentavam o escritório do doleiro e da empresa.

Costa afirmou ao Jornal Nacional que foi apresentado a Youssef pelo ex-deputado federal José Janene (PP-PR), que morreu em 2010 e era um dos réus do mensalão do PT.

"O papel do Alberto Youssef, segundo me relatou o deputado José Janene, ele era o responsável pelo caixa dois do José Janene. Eu sei que, mesmo depois do falecimento do deputado José Janene, o senhor Alberto Youssef continuou à frente na questão de cuidar do caixa. Ele fazia o caixa dois do partido, do PP, né?", disse o advogado.

Costa afirmou que sete parlamentares frequentavam os escritórios de Youssef e da GFD. Segundo ele, todos eram deputados federais ligados à bancada do governo. Questionado se eram do Partido dos Trabalhadores (PT) ou de outros partidos, respondeu: "De outros partidos". Mas disse que, estando sob sigilo, preferiria não mencionar nomes.

O único nome de parlamentar citado pelo advogado foi o do deputado Luis Argôlo (SD-BA) que, segundo o sócio de Youssef, frequentava a empresa do doleiro. "Ele ia, e tinha uma permanência, permanência não, uma periodicidade talvez, mensal, ia sempre na GFD”, declarou Costa.
O advogado disse também que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teve vários encontros com Youssef. “Eu o vi talvez duas, três, quatro vezes. Eles se reuniam em sala fechada. Sabia que era o Paulo, o diretor da Petrobras, mas não sabia a que se devia essas reuniões, qual o objetivo dessas reuniões”, afirmou.

Paulo Roberto Costa também foi preso na Operação Lava Jato. Na última quinta (18), o Jornal Nacional informou que, em acordo de delação premiada, ele afirmou a investigadores da PF e do Ministério Público que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA. Um dia antes, na CPI mista da Petrobras, ele disse que não tinha nada a declarar.

A GFD é investigada pela Polícia Federal por receber milhões de reais de origem duvidosa de construtoras que tinham contratos com a Petrobras, o que foi investigado pela Operação Lava Jato.

Youssef e Costa foram presos pela PF; o advogado foi solto na última segunda (15) por ter colaborado espontaneamente com as investigações. Ele não fez acordo de delação premiada, mas decidiu contar o que sabe sem ter garantia de redução de pena.

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