Apontado pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele, como um dos participantes
de um esquema milionário de desvio de dinheiro, ao lado de petistas, o presidente da Embratur, Vicente Neto (PCdoB) se esquivou da responsabilidade sobre os contratos entre a entidade e a prefeitura de Lauro de Freitas, quando foi secretário de Cultura e Esporte do município.
Segundo o comunista, que já foi também secretário Nacional de Esporte e braço direito do ex-ministro Orlando Silva, além de gestor de Planejamento Urbano de São Sebastião do Passé, ao assumir, ainda na gestão de Moema Gramacho (PT), um convênio que tratava da execução do Projeto Fábrica da Cidadania, coordenado pela Secretaria de Educação, já estava firmado. "Portanto, não fui ordenador de despesas daquele convênio", completa.
Vicente Neto ainda classifica as declarações da presidente, divulgadas na Revista Veja deste fim de semana, como 'ilações'. "Repudio as ilações publicadas pela revista Veja, que faz um jornalismo desqualificado e estimula o denuncismo vazio, para tentar macular a imagem de pessoas públicas, com o objetivo claro de interferir nas eleições em curso", declara.
O presidente da Embratur ainda garante que irá tomar atitudes necessárias para rechaçar uma "injustiça" à sua carreira pública e reputação.
Partido defende
Em contato com o Bocão News, o presidente da legenda comunista na Bahia, deputado federal Daniel Almeida, defendeu o correligionário e se disse surpreso com uma reportagem às vésperas das eleições. "Estamos acompanhando um festival de interferências no processo eleitoral sem provas, sem dados comprobatórios que pode levar a uma complicação do processo de forma irresponsável", afirma.
Almeida ainda garante que os integrantes da agremiação tem confiança no trabalho de Vicente Neto. "Vicente já assumiu diversos cargos e tem confiança integral do partido", finaliza.
Publicada no dia 20 de setembro de 2014, às 16h30
