Política
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a classificar as ações militares de Israel na Faixa de Gaza como 'genocídio'. No último domingo (18), o chefe brasileiro associou as ações com o holocausto, gerando grande repercussão internacional.
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A declaração aconteceu nesta sexta-feira, em evento no Rio de Janeiro, sobre financiamento cultural da Petrobras, mas, ao fim de sua fala, o petista reiterou sua posição sobre o conflito.
"Sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa esse Estado palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. Quero dizer mais: O que o governo de israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças. [...] São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. Não estão morrendo soldados, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", afirmou o presidente.
Lula apontou "julgamentos" após críticas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele foi considerado persona non grata no país e ainda tem sido fortemente criticado nas redes sociais oficiais israelenses.
"Não tentem interpretar a entrevista que eu dei na Etiópia. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel", ressaltou o petista.
A comparação com o holocausto fez com que um pedido de impeachment fosse protocolado contra o presidente na Câmara dos Deputados. Pelo menos 140 deputados federais acusam Lula de ato de hostilidade contra nação estrangeira, que configuraria como crime de responsabilidade.
Até o momento, a posição do Planalto até o momento é de não pedir desculpas, já que as críticas seriam direcionadas a Netanyahu, e não aos judeus.
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