Política

Lula é "barrado" em acampamento indígena; saiba motivo

Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente Lula não foi convidado para participar do Acampamento Terra Livre na edição deste ano, em Brasília  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 18/04/2024, às 22h19   Redação


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A organização do Acampamento Terra Livre (ATL), um dos principais eventos do movimento indígena em Brasília, não convidou o presidente Lula (PT) para participar do ato deste ano, diferentemente do que ocorreu na edição de 2023. O movimento está insatisfeito com a política de demarcação de terras posta em prática pela gestão petista.

Nesta quinta-feira (18), o presidente anunciou a demarcação de apenas duas terras indígenas quando o esperado era que seis áreas fossem homologadas em ato realizado pelo Ministério da Justiça. As novas terras indígenas são Cacique Fontoura, no Mato Grosso, e Aldeia Velha, na Bahia.

Lula reconheceu que decepcionou as dezenas de representantes indígenas presentes na cerimônia. “Eu sei que vocês estão com certa apreensão, porque vocês estavam esperando seis terras indígenas. E nós decidimos assinar duas. Eu sei que isso frustrou alguns companheiros. Eu fiz isso para não mentir a vocês. É melhor a gente resolver o problema ao invés de assinar”, disse o petista.

“Temos alguns problemas de terras ocupadas por fazendeiros e pessoas, que às vezes são mais pobres do que nós. Tem uma, por exemplo, que tem 800 pessoas. Os governadores me pediram mais tempo e nós vamos dar esse tempo. Não queremos colocar a polícia para tirar essas pessoas”, declarou o petista.

As áreas que não foram homologadas estão nos estados de Paraíba, Alagoas e Santa Catarina. Lula afirmou que o governador catarinense, Jorginho Mello, se recusou a receber a ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara, para negociar a homologação das duas terras indígenas em seu estado.

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