Política

Lula diz que não vai decretar GLO no Rio e não quer forças armadas brigando com bandido

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Presidente se reuniu com chefes das Forças para reforçar combate ao crime organizado  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil

Publicado em 27/10/2023, às 14h29 - Atualizado às 14h35   Cadastrado por Bernardo Rego


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta sexta-feira (27) que, enquanto for chefe do Executivo nacional, não vai assinar decretos de "garantia da lei e da ordem" (GLO) – e afirmou que não quer militares das Forças Armadas nas favelas "brigando com bandido".

A declaração de Lula aconteceu durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp


Nesta semana, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), esteve em Brasília para pedir apoio no combate às milícias e ao crime organizado no estado. "Essa semana, tive reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o ministro [da Defesa] José Múcio para discutir uma participação deles no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e, enquanto eu for presidente, não tem GLO", disse Lula.


"Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse país. O que eu determinei é que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento nos aeroportos; a Marinha, nos portos brasileiros", acrescentou.


Lula foi questionado por jornalistas a respeito dos planos do governo para normalizar as relações entre civis e militares, após o crescimento da participação militar no governo durante a gestão Jair Bolsonaro. O petista negou que pretenda "intervir" nas Forças para reduzir essa tensão.


"Eu acho que a palavra intervenção não é a mais correta. O que nós estamos fazendo é tentando mostrar para a sociedade brasileira que militar não é melhor que civil, e civil não é melhor que militar. Que os dois são brasileiros, estão subordinados a uma Constituição, cada instituição tem sua função", disse.


"O que aconteceu recentemente com o 8 de janeiro foi um desvio, pela existência de um governante que sabia fazia tudo, menos governar. Que achava que poderia utilizar as instituições como instrumento dele para fazer política. Que não tinha nada de republicano na cabeça dele", seguiu, em referência a Bolsonaro.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp