Política
A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai publicar nesta segunda-feira (12) o direito de resposta a uma postagem feita nos perfis da pasta no dia 5 de maio de 2020, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que exaltava militares que atuaram na Ditadura Militar, os definindo como “heróis”.
A Secom disse que vai realizar a publicação "com satisfação" e como uma “reparação histórica”. A postagem acontece como um direito de resposta reivindicado por vítimas da ditadura militar e familiares, com uma ação na 8ª Vara Cível Federal de São Paulo contra a União.
A publicação feita pelo governo Bolsonaro ocorreu às 14h42 do dia 5 de maio de 2020. Na oportunidade, a então gestão chamava Sebastião Curió, o major Curió, entre outros militares, de "heróis" do Brasil.
O major Curió comandou a repressão da guerrilha do Araguaia, grupo contrário à ditadura militar que atuava na região de Tocantins, Pará e Maranhão, entre os anos 1960 e 1970. A ação do militar, que morreu no ano passado, foi marcada por prisão, tortura e execução de militantes.
“Além de desinformar sobre eventos históricos de amplo conhecimento e tratar como honroso o momento mais repulsivo da história recente do país, a postagem que motivou ação judicial, realizada na gestão de Jair Bolsonaro, tratava como ‘herói do Brasil’ o homem que ordenou a prisão, tortura e execução de cidadãos brasileiros. Não é herói. Nada justifica a tortura, a mais covarde das violências”, diz a Secom através de nota.
A Secom publica, nesta tarde, o direito de resposta a um postagem — feita na gestão Bolsonaro — que ofendia as vítimas do torturador Major Curió, ao tratá-lo como "herói". Não é. E a publicação do desagravo também é uma reparação histórica.
— SecomVc (@secomvc) June 12, 2023
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