Política

Golpe Militar: Relator da ONU diz que silêncio de Lula revela que ditadura não foi superada

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Fabian Salvioli, relator da ONU falou sobre Verdade, Justiça e Reparação.  |   Bnews - Divulgação Relator da ONU - Reprodução

Publicado em 28/03/2024, às 12h08   Rebeca Silva


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Fabian Salvioli, relator da ONU sobre Verdade, Justiça e Reparação, expressou preocupação com a decisão do governo de Lula de não reconhecer o 60º aniversário do golpe militar de 1964 no Brasil. Segundo Salvioli, essa atitude sugere que a ditadura ainda não foi totalmente superada no país e que as vítimas da repressão estão sendo negligenciadas, algo que, em sua opinião, o estado nunca deveria fazer.

Salvioli, que tem sido responsável por essa questão nos últimos seis anos, ficou surpreso com a atitude de Lula para que seu governo permanecesse em silêncio em 31 de março. Ele acredita que, ao fazer isso, as autoridades brasileiras estão violando um de seus deveres internacionais. "Não é uma questão de escolha", argumentou.

Em uma entrevista exclusiva ao UOL, Salvioli mostrou-se inquieto com a ideia de que essa decisão de silenciar a data possa estar ligada a uma suposta falta de liberdade do governo em relação aos militares. Ele considera que seria "muito sério" se essa decisão fosse resultado de uma "chantagem das Forças Armadas".

Salvioli deixou claro seu ponto de vista de que a Lei da Anistia não faz sentido e deveria ser revogada. O golpe militar de 1964 no Brasil resultou em uma ditadura que perdurou por 21 anos.

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