A presidente e candidata à reeleição no Brasil, Dilma Rousseff (PT), reuniu uma multidão na gravação do programa eleitoral na tarde desta sexta-feira (29), no Centro Histórico de Salvador. Ao lado de Wagner, Rui Costa e Otto Alencar, a petista demonstrou pouca preocupação em relação ao crescimento de Marina Silva (PSB) nas pesquisas e fez questão de alfinetar a substituta de Eduardo Campos.
“Quando propõem que o biodiesel e o etanol como alternativas para o petróleo estão redondamente equivocados. Tudo isso não passa de uma fantasia de quem não conhece as verdadeiras necessidades do Brasil”, ironizou Dilma Rousseff.
No Pelourinho, Dilma gravou da sede do Olodum até a Igreja do Rosário dos Pretos. Com a sede do bloco afro completamente lotada e após dar uma 'canja' com pouco sucesso como percussionista, destacou a importância das figuras que lutaram na Revolta dos Búzios.
“Eu tenho muito orgulho de ter contribuído no resgate da história dos heróis nacionais do movimento da Revolta dos Búzios. São referências para todos os brasileiros. Considero que o Brasil teve um processo que tocou muito o início da sua formação nacional, que são os nossos 300 anos de escravidão. Temos que destacar a luta da população negra contra esse regime perverso. Nessa luta, tem um papel muito importante a resistência dos quilombos, dos malés, que fez com que toda a população não perdesse a sua identidade”, afirmou Dilma Rousseff.
Lei
Dilma foi homenageada por grupos ligados à cultura afro, em reconhecimento à sanção da Lei nº 12.391, que determina a inscrição dos nomes dos principais líderes da Revolta dos Búzios no Livro de aço dos Heróis Nacionais.
A Revolta dos Búzios (também denominada de Revolta dos Malês ou dos Alfaiates) ocorreu em 1798 e teve como grande diferencial em relação à outros movimentos similares o fato de ter sido uma articulação de grupos mais pobres da população baiana para defender propostas que realmente os representassem.
