Eleições

Renata Mallet diz que a PM da Bahia é racista e foi criada para exterminar negro

Publicado em 22/08/2014, às 16h43   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


FacebookTwitterWhatsApp

Presente na Marcha contra o Genocídio do Povo Negro, na tarde desta sexta-feira (22), que saiu do Largo dos Aflitos e foi até a Piedade, a candidata do PSTU ao governo do estado, Renata Mallet, em entrevista ao Bocão News, criticou as ações do governo Wagner e as do antecessor Paulo Souto em relação ao enfrentamento dos índices de violência na Bahia.

Ao avaliar a política de segurança pública da gestão Wagner em comparação com a administração de Paulo Souto, Mallet declarou que não enxerga progressos significativos.

“É o sujo falando do mal lavado. Wagner diz que não, mas aplicou a mesma política de segurança pública do governo Paulo Souto e vem dando continuidade em relação à violência. O governo Wagner, assim como o de Paulo Souto, criminaliza os movimentos sociais. O racismo só é superado quando a gente convoca esses trabalhadores e o povo negro para lutar contra o racismo e construir uma nova Bahia”, avaliou Mallet.

 Para a socialista, as políticas de segurança pública adotadas pelas últimas gestões contribuem para o extermínio do povo negro.

“A política de segurança do estado é racista. Nós pretendemos desmilitarizar e por fim a Polícia Militar, que é racista e carlista. Não dá mais para continuar como está. Hoje, o centro do combate à violência é o extermínio da população negra. A Polícia Militar foi treinada no carlismo com o objetivo de fazer uma guerra contra a juventude pobre e negra no nosso estado”, criticou Mallet.

A candidata ainda criticou as propostas do petista em relação ao combate à violência. “Rui Costa diz que a politica de segurança dele é aumentar a quantidade de seguranças e criar o Bope baiano. Nossa proposta é completamente diferente. O alto escalão hoje é o mesmo do carlismo e tem que deixar de ser assim. Tem que ser eleito pela população. Pretendemos, também, criar uma policia civil unificada. Tem policiais que são honestos e são contra a essa linha de raciocínio que leva ao genocídio que a polícia. Eles, hoje, não podem se organizar. Se fazem greve, são penalizados pelo governo, como aconteceu duas vezes durante o governo Wagner. Eles têm que ser funcionários públicos dentro de uma polícia civil unificada para que possam se organizar, lutar por melhorias e ajudar a população negra a combater o racismo”, finalizou Renata Mallet.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp