Política

Atos golpistas: O cenário de destruição nas sedes dos Três Poderes

Marcelo Camargo / Agência Brasil
O STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional informaram que os bolsonaristas causaram um prejuízo superior a R$ 20 milhões  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 08/01/2024, às 06h30



O dia 8 de janeiro de 2023 entrou para o calendário da política brasileira. Nesta data, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em frente a Praça dos Três Poderes para protestar contra o resultado das eleições presidenciais do ano anterior, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito Presidente da República.

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Os bolsonaristas se encontrava na área externa até que, por volta das 15h, uma parte dos golpistas conseguiu passar pela barreira policial e invadiram as sedes dos Três Poderes: o Palácio do Planalto (Executivo), o Congresso Nacional (Legislativo) e do Supremo Tribunal Federal, o STF (Judiciário). A invasão foi marcada por vandalismo contra o patrimônio público.

Logo após a entrada nos prédios, foi possível observar a passagem dos bolsonaristas. O Palácio do Planalto tem vidros da sua entrada quebrada, foram colocados do lado de fora da sede do Executivo, etc. Já no STF, os acentos dos ministros, do público e do local onde acontecem os julgamentos foram depredados pelos golpistas.

De acordo com um levantamento feito pela Suprema Corte, em pouco mais de uma hora de vandalismo, os golpistas danificaram ou destruíram 576 objetos entre equipamentos eletroeletrônicos, obras de arte e móveis do local. Os extremistas também picharam a frase “perdeu, mané” nas janelas.

Além disso, os vândalos também danificaram obras de arte. Entre os itens estragados está um painel de Di Cavalcanti foi rasgado em três lugares diferentes. Um relógio trazido por dom João VI ao Brasil, em 1808, também foi destruído por um dos golpistas.

O STF, o Palácio do Planalto e o Congresso informaram que os bolsonaristas causaram um prejuízo superior a R$ 20 milhões com o vandalismo às sedes dos Três Poderes. Segundo informações da Folha de São Paulo, com dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, a Suprema Corte foi o que teve maior prejuízo, que chegou a R$ 11,4 milhões. Em seguida, vêm o Congresso, com R$ 4,9 milhões e o Planalto, com R$ 4,3 milhões.

Por conta dos atos golpistas registrados naquele 8 de janeiro, mais de 2 mil pessoas foram presas. Desse total, 66 continuam detidas e 30 foram condenadas pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado.

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