Uma campanha eleitoral precisa de recursos para que o candidato possa alçar seu nome ao conhecimento do eleitorado e conseguir êxito nas urnas. Atualmente, a doação pode ser feita por pessoa jurídica e física, caso em que o aporte financeiro não deve ultrapassar os 10% da declaração de bens apresentada no ano anterior.
Nessa eleição, um fato curioso chamou a atenção no Congresso Nacional. Parlamentares que disputavam a reeleição fizeram uma espécie de "caixinha eleitoral" para aumentar a arrecadação entre seus assessores.
O levantamento feito pelo site Congresso em Foco aponta dez deputados federais baianos que receberam o apoio dos "funcionários".
É importante destacar que o ato não é ilegal, mas... "estranho", segundo o advogado eleitoral Ademir Ismerim. "É estranho, mas do ponto de vista legal, não é irregular. Eu posso ter uma empresa, ser candidato e meus funcionários me doarem para a campanha. Só que nesse caso envolve dinheiro público", argumentou Ismerim.
Entre os baianos que mais receberam de assessores, segundo o levantamento, está Afonso Florence (PT). Seu correligionário, Valmir Assunção, foi o segundo baiano que mais arrecadou nesse sentido. Veja a relação e os valores doados por assessores:
Afonso Florence PT BA 25.200
Valmir Assunção PT BA 13.000
Acelino Popó PRB BA 7.500
José Carlos Araújo PSD BA 6.500
Emiliano José PT BA 5.000
Alice Portugal PCdoB BA 4.950
Waldenor Pereira PT BA 3.000
Erivelton Santana PSC BA 2.350
Amauri Teixeira PT BA 2.300
Luiz Alberto PT BA 1.980
Dos relacionados, Amauri Teixeira, Luiz Alberto e Emiliano José não conseguiram a votação necessária para continuar na Câmara Federal em 2015.
Publicada no dia 1° de novembro de 2014, às 20h
