Mansur X Isidório: deputada eleita diz que não dará palanque ao líder religioso
Vereadora eleita deputada estadual se preocupa com aumento da bancada evangélica |
Publicado em 12/10/2014, às 06h53 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)
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A partir de 2015, mais um líder religioso soma-se à bancada evangélica na Assembleia Legislativa da Bahia. Um deles foi o segundo mais votado do estado, Pastor Sargento Isidório (PSC), que angariou mais de 123 mil votos. Os seis eleitos arrebanharam mais de 400 mil sufrágios baianos. A situação preocupa a deputada eleita e atual vereadora de Salvador, Fabíola Mansur (PSB). A edil é uma das representantes do movimento LGBT na Casa Legislativa.
Na próxima legislatura, Angela Souza (PSD), Carlos Ubaldino (PSD), José de Arimateia (PRB), Sildevan Nóbrega (PRB), além do fundador da instituição Dr. Jesus, Isidório, outro criador de amparo às pessoas em situação de drogas, Manassés, que obteve os expressivos 36.023 votos, vão defender suas causas ligadas ao segmento. A preocupação da peessebista está na ‘mistura da religião com a política’. Segundo a edil, seu mandato será baseado nas cinco áreas que defende, deixando de levantar a bandeira somente para o segmento LGBT.
“Nós vamos continuar entendendo que o Estado é laico e há direitos constitucionais, sejam eles para católicos, de matriz africana ou evangélicos. Tem que garantir que estes direitos para todos. Vejo com preocupação o aumento da bancada evangélica no sentido de que isso pode haver uma mistura da religião com política”, disse em entrevista ao Bocão News.
A vereadora ainda afirmou que não irá para o embate com o ex-colega de partido, Pastor Sargento Isidório – que deixou a sigla após declarações consideradas homofóbicas pela direção estadual. “Não vou dar palanque. Não vou cair nesse jogo de fazer guerra santa e colocar a causa LGBT nisso. Com todo o respeito a quem se elegeu com mais de 123 mil votos, mas serei coerente com todos os movimentos que me apoiam”, disse.
O PSB contará com apenas dois parlamentares na próxima legislatura e, segundo a vereadora, deve-se manter independente.
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