Política

O 'primeiro passo' deveria ser o diálogo com a sociedade, diz Silvio

Roberto Viana
Programa prevê ajuda financeira de R$ 50 para crianças que estão fora das creches   |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 07/08/2014, às 13h30   Redação Bocão News (@bocaonews)



O programa Primeiro Passo, da prefeitura de Salvador, continua gerando polêmica. Depois das críticas da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a vez agora é do colega de Câmara, Silvio Humberto (PSB), questionar os métodos do projeto. Em audiência pública, o socialista defendeu que a sociedade civil participe ativamente das discussões sobre o programa, que deve ser votado nas próximas semanas no Legislativo municipal.

De acordo com Sílvio Humberto, que é presidente da Comissão de Educação na Câmara, o programa precisa ser discutido amplamente envolvendo as mães, os pais, e os representantes das creches comunitárias. Ele faz uma série de indagações:

“Em primeiro lugar, por que não pensamos em solucionar o problema da rede municipal de ensino, pois existe ainda, três mil vagas ociosas? A subsecretária afirma que esse não é um programa de educação infantil, então do que se trata? É preciso ter uma definição clara da política pública municipal voltada para a primeira infância, ao que tudo indica não existe. O que a comissão de educação fez hoje foi o ‘primeiro passo’ para o debate sobre a situação das crianças entre 0 e 6 anos na cidade de salvador, que deveriam estar na creche e pré- escola. Essa realidade é muito complexa e ações pontuais não vão resolver. Fica parecendo é que a prefeitura está tentando transferir a responsabilidade da deficiência da oferta de educação para a comunidade”, disse o vereador socialista.

O programa permitirá um auxílio financeiro de R$ 50 por mês a crianças em idade de creche e pré-escola, para as quais ainda não haja vagas disponíveis na rede pública de ensino no local onde residem. O benefício será condicionado à participação das crianças em atividades envolvendo as áreas de educação, saúde e assistência social. Essas crianças terão que fazer ao menos uma consulta médica por semestre, visando o acompanhamento e desenvolvimento na infância

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