Política

Aliados de Bolsonaro tentam evitar que CPI da Covid se torne palanque para Mandetta contra presidente 

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Tropa de choque do presidente quer que ex-ministro se atenha a período em que comandou a Saúde   |   Bnews - Divulgação Reprodução // Agência Brasil

Publicado em 02/05/2021, às 09h53   Redação BNews



Aliados de Jair Bolsonaro estão tentando evitar que CPI da Covid se torne palanque para o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) contra presidente. Mandetta será o primeiro a prestar depoimento na CPI da Covid, na próxima terça-feira (4), e o governo trabalha agora para tentar evitar que ele use a comissão parlamentar de inquérito no Senado como palanque eleitoral para 2022. 

Segundo informações da Folha, a força-tarefa montada no Palácio do Planalto para levantar dados a serem usados nas audiências mobiliza servidores da Casa Civil, da Secretaria de Governo, da Secretaria-Geral e da Secom (Secretaria de Comunicação)​. Integrantes do grupo de trabalho do Planalto admitem que estão promovendo um pente-fino na gestão de Mandetta, hoje desafeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A ideia é restringir as perguntas feitas a Mandetta ao período em que ele esteve à frente da Saúde, para evitar, segundo governistas, que o ex-auxiliar se transforme em uma espécie de comentarista político de ações tomadas por Bolsonaro após sua saída do cargo. 

"O ex-ministro e o atual devem responder sobre seus períodos no ministério. Quando estava à frente, como fez? Qual o resultado?", disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos principais nomes da tropa de choque governista na comissão. Também é uma forma de apresentar Mandetta como copartícipe da estratégia inicial de enfrentamento à Covid da administração Bolsonaro, o que diminuiria sua credibilidade como crítico de medidas tomadas pelo presidente.

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