Política

Damares: movimentos sociais exageram no discurso, mas "Direitos Humanos são para todos"

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Ministra mais popular do governo Bolsonaro entre as classes mais pobres alia princípios religiosidade e visão progressista  |   Bnews - Divulgação TV Brasil

Publicado em 18/12/2019, às 13h30   Redação BNews



Ministra mais popular do governo Bolsonaro entre as classes mais pobres, Damares Alves tem um discurso que mescla a sua religiosidade à pautas progressistas, principalmente se comparado à maioria dos membros do governo Bolsonaro.

Em entrevista à BBC News, a líder da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos reconhece à importância de que os "Direitos Humanos" sejam para "todos", e que as controvérsias sobre o assunto são frutos do radicalismo do discurso de certos movimentos sociais.

Questionada o motivo de boa parte dos apoiadores do presidente da República afirmarem que direitos humanos só servem para "bandidos", Damares se mostra compreensiva e explica o seu ponto de vista.

"Eu entendo que o que eles querem dizer é que foi segmentada a luta dos direitos humanos no Brasil, ao ponto em que pessoas se perguntavam se há necessidade de um ministério de direitos humanos no Brasil", observou.

Para ela, faltou participação efetiva dos movimentos sociais, nas ruas, não só na teoria:"A gente nunca viu lá atrás movimentos indo à rua defender saneamento básico à luz dos direitos humanos. Nunca ouviu grupos falando que corrupção é violação de direitos[...] Eles devem ter exagerado no discurso. Mas é exatamente isso, direitos humanos de forma universal".

Autointitulada a "ministra mais bonita do Brasil" - com chances, segundo ela, de disputar o título no Mercosul e até no Brics - Damares minimiza o fato de ter apenas ela e Tereza Cristina, da pasta da Agricultura, de mulheres nos ministérios. A pastora alega que Bolsonaro priorizou o "perfil técnico" para as escolhas, e de pessoas próximas a ele. 

"Mas, no segundo escalão, ele pode escolher com mais calma. Porque o ministério precisa ser apresentado de imediato. Mas, no segundo escalão, ele teve mais tempo para pensar e trouxe mulheres extraordinárias e o Brasil está dando certo porque estamos lá", garante.

Provocada, Damares disse ainda que confia que na próxima reforma ministerial, que pode acontecer no primeiro trimestre de 2020, novas mulheres ocupem as pastas. 

'Na próxima reforma administrativa, com certeza eu acredito que mais mulheres virão para os ministérios. Eu tenho certeza", salienta.

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