Política

Disputa judicial da eleição do Sindimed vira embate na Câmara de Salvador 

Victor Pinto
Aladilce Souza e Cézar Leite se confrontaram sobre o tema que ainda está no campo judicial    |   Bnews - Divulgação Victor Pinto

Publicado em 08/05/2018, às 20h49   Victor Pinto


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Em discursos na tarde desta terça-feira (8) os vereadores Aladilce Souza (PCdoB) e Cézar Leite (PSDB) protagonizaram um embate cuja eleição da presidência do Sindicatos do Médicos da Bahia (Sindimed) foi tema. 

A disputa eleitoral pela presidência da entidade, realizada em março, foi parar na Justiça da Trabalhistas. As chapas encabeçadas por Francisco Magalhães – que buscava reeleição na chapa 1 – e a de Ana Rita de Luna – oposição a gestão de Francisco com a chapa 2 – ainda estão em conflito. 

A chapa 2 foi determinada como eleita pela justiça, mesmo sob protestos da chapa 1 que argumenta que nem todos os votos do escrutínio foram computados. A tomada de posse de sede do sindicato na última semana foi parar na polícia, principalmente por uma confusão que envolveram dois médicos. 

A vereadora Aladilce levou o assunto para o Plenário Comes de Farias ao defender a chapa 1. A comunista, que é enfermeira e tem um mandato próximo as entidades da área de saúde, chamou atenção sobre o assunto, defendeu a gestão de Francisco e acredita ter sido precipitada a posse da chapa 2 sem resolução na justiça.  

“Eu quero manifestar minha preocupação com a situação de uma entidade conceituada, que após um pleito eleitoral disputado, entrou num processo de judicialização e, infelizmente, tivemos a notícia na semana passada de uma ação violenta na sede da entidade (...). Quero demonstrar minha solidariedade a atual diretoria da chapa 1 que sofreu esse tipo de ameaça, agressão e violência. Prejudicou a imagem não só do sindicato, mas da categoria”, disse. 

O médico e vereador Cézar Leite, apoiador da chapa 2, rebateu a comunista. “É um momento histórico da classe médica a vitória da chapa 2, onde se retira, e eu como médico sindicalizado votei e apoiei, um grupo que tá mais de 36 anos e tem um vínculo, todo mundo sabe, partidário. Isso incomoda, mas a maioria absoluta dos colegas, mais de 70% concordam e aplaudem a vitória da chapa 2, que o caso foi para a justiça e deve ser decidido pela 10ª Vara, que a chapa 2 ganhou a liminar com o direito de assumir a gestão”, respondeu. 

“A chapa 1, a antiga diretoria, mandou os funcionários todos de não irem ao trabalho e ameaçou de demissão, coisa que não poderia nem fazer e com toda parte legal conseguiu adentrar e tentar ter acesso. A agressão a vereadora só errou os integrantes da chapa, pois foi um integrante da chapa 1 que agrediu um médico da chapa 2”, completou o tucano. 

Aladilce, ainda em direito de resposta por ter sido citada, alegou que a chapa 1, tida por Leite como usufruidora há 36 anos, foi eleita democraticamente pelos médicos baianos. “Não cabe ao vereador de dizer que eles estavam usufruindo. Não cabe ao vereador levantar esse tipo de suspeita. Também não cabe dizer que uma chapa tem partido ou não, pois o vereador que se diz representante tem partido”, rebateu ao completar que seria necessário esperar o mérito da ação ter sido julgada antes de qualquer atitude.  

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