Política
Publicado em 13/08/2016, às 10h36 Alexandre Galvão
O governador Rui Costa afirmou que, atualmente, não existem mais autos de resistência na Bahia sem investigação pela Polícia Civil. Em discurso durante a apresentação da Comissão da Verdade, o governador defendeu a atuação da Polícia Militar e fez análises de retrocessos nos direitos humanos.
"A orientação da PM-BA é sempre salvar vidas. Já expulsamos diversos quadros que não correspondem com essa expectativa. Hoje, não há mais auto de resistência que não seja investigado pela polícia civil da Bahia", afirmou.
O petista apontou ainda que a ocupação de territórios pela PM é, muitas vezes, a única solução para diminuir a violência. Na sua fala, o governador criticou ainda a divulgação de cenas de violência pela imprensa. "Antes, não víamos tantas pessoas decapitadas. Hoje, depois que o Estado Islâmico divulgou essas barbaridades, o número desses eventos na Bahia aumentaram. A imprensa também, infelizmente, dá visibilidade a algumas atitudes criminosas com alguns telejornais", reclamou.
Ainda de acordo com o governador, ele tem total comprometimento com os diretos humanos, mas espera também uma reversão do "movimento dramático" da desvalorização da família - "qualquer tipo de família, longe do conceito conservador", ressaltou.
Rui disse ainda identificar grandes retrocessos no Brasil e no mundo no que diz respeito aos direitos humanos. Para confirmar a sua tese, Rui elencou a saída do Reino Unido da União Europeia e os ataques racistas nos Estados Unidos.
"Quando o mundo parecia caminhar para mais inclusão, vimos o Reino Unido votando para sair da União Europeia. Nos Estados Unidos, diversos ataques racistas", relembrou.
Publicada originalmente em 12/08 às 16h36
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