Política

Partidos se unem contra prisões de integrantes da cúpula do PMDB

Publicado em 08/06/2016, às 07h53   Redação Bocão News (@bocaonews)



Os pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram o meio político em polvorosa. Preocupados com a repercussão nos trabalhos do Senado, onde tramita processo de impeachment contra a presidente afastada, Dilma Rousseff, integrantes do governo Temer e seus partidos aliados assumiram a linha de defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros, do senador Romero Jucá e do ex-presidente José Sarney, que foram alvos dos pedidos de prisão sob a acusação de tramarem contra a Lava-Jato. 

Janot também pediu a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), acusado de continuar a obstruir as investigações contra ele no Conselho de Ética da Casa.

No Senado, o líder do governo interino Temer, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), disse que não havia fatos nas gravações que caracterizam obstrução de Justiça. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, fez discurso na mesma linha, afirmando que não há provas de atuação indevida, e sim opiniões. Na prática, os tucanos saíram em defesa de Renan, Jucá e Sarney.

Até mesmo no PT, o discurso foi de cautela. O líder do partido no Senado, Paulo Rocha (AP), disse não concordar com o uso indiscriminado do processo de delação. O petista tem sido um crítico do uso deste recurso jurídico.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que os pedidos não causam “nenhum constrangimento” para o governo interino. Perguntado se o pedido não poderia inviabilizar uma volta de Jucá para o Planejamento, ele desconversou. "Não acho nada. Estou aguardando os desdobramentos dos acontecimentos para aí eu achar alguma coisa", disse, segundo informações do jornal O Globo.

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