Diante da pior crise de sua história e da deflagração do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o PT articula uma série de candidaturas próprias a prefeitos de capitais, em alguns casos com nomes pouco conhecidos, com mote da defesa do partido, de acordo com informações divulgadas pela Folha.
Há pré-candidatos lançados em ao menos 20 das 26 capitais. Pelo Nordeste, principal base eleitoral petista, as chances de vitória reduzidas podem estimular o partido a buscar alianças com velhos parceiros como PDT e PCdoB.
Entre os candidato na Bahia, segundo levantamento feito pelo jornal, estão os que apoiaram o PT nas eleições de 2012, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), a senadora Lídice da Mata (PSB), e o deputado estadual Pastor Isidoro (Pros). Entre os petistas estão o vereador Gilmar Santiago (PT) , o deputado federal Valmir Assunção (PT), além do ministro Juca Ferreira (PT). Na oposição estão entre os postulantes o ex-prefeito João Henrique (PR) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
Ao jornal, o vice-presidente nacional do PT Alberto Cantalice afirma que a ideia é usar a campanha para abordar o "legado" petista no governo federal e mostrar nas disputas locais programas como o Mais Médicos e o Minha Casa Minha Vida.
Mas lembra que a direção nacional ainda não discutiu o "mapa eleitoral" nem as coligações para a campanha deste ano. "Vamos ter candidatos no maior número possível de cidades, principalmente nas com mais de 200 mil eleitores e naquelas com repetidora de televisão", diz.
Já o PSDB, de olho na alta rejeição do PT, já articula coligações com aliados tradicionais dos petistas, como o PMDB, hoje rachado entre aliados e oposicionistas no plano federal, e o PSB, este último rompido com o PT desde 2013.
