Política

Ex-ministro levava sacolas de dinheiro, diz Ricardo Pessoa

Publicado em 18/07/2015, às 07h46   Redação Bocão News


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O ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, alvo da Operação Lava Jato, transportou propina do esquema de corrupção da Petrobras em mochilas e sacolas cheias de dinheiro vivo, segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que virou delator. As informações foram divulgadas pela Folha, neste sábado (18).
Pessoa disse em sua delação premiada que os pagamentos eram feitos pessoalmente por ele na sede de sua empresa, em São Paulo. Secretário de assuntos estratégicos do governo Fernando Collor (1900-1992), Leoni é apontado por delatores como o elo entre o ex-presidente (hoje senador pelo PTB-AL) e o esquema.
O relato dos pagamentos foi feito pelo próprio Pessoa em trecho de seu acordo de delação com o Ministério Público, ao qual a Folha teve acesso. Apontado como chefe do clube de empreiteiras que desviou verba da estatal, Pessoa detalhou o esquema da propina, passando por uma empresa que comercializa camarotes para corridas de Stock Car, a Rock Star Entertainment.
A operação funcionava da seguinte forma: a UTC fechava contratos fictícios com a Rock Star e com a SM Terraplanagem, e simulava contratos de advocacia com o escritório de Roberto Trombeta.
Segundo Pessoa, a dinâmica foi criada para maquiar os repasses ao grupo de Collor. O empresário disse que pagou R$ 20 milhões em propina para fechar contratos na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e que parte disso seria destinado ao senador.
Pessoa afirmou ainda que aceitou pagar os recursos porque teve conhecimento de que o então diretor de operações e logística José Zonis seria afilhado político do senador.

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