Política

Executivo reafirma que Camargo Corrêa pagou R$ 110 mi em propina

Publicado em 05/05/2015, às 07h14   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O vice-presidente afastado da empreiteira Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, reafirmou nesta segunda-feira (4), em depoimento à Justiça Federal do Paraná, que a empresa pagou, entre 2007e 2012, R$ 110 milhões em propina para garantir a contratação em obras da Petrobras.
O executivo disse também que o pagamento foi feito por contratos nas diretorias de Serviço, à época comandada por Renato Duque, e de Abastecimento, que era conduzida por Paulo Roberto Costa. “Para a Diretoria de Serviços, R$ 63 milhões, e para a Diretoria de Abastecimento, R$ 47 milhões”, afirmou.
É a primeira vez que Leite faz esse relato ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na Justiça Federal. Antes, ele havia feito a mesma afirmação ao Ministério Público, em depoimento resultante do acordo de delação premiada que firmou com as autoridades.
Leite foi detido em novembro de 2014, na sétima fase da Operação Lava Jato, e liberado para cumprir prisão domiciliar em março deste ano, depois que a Justiça aprovou o acordo de delação premiada.
Segundo afirmou o executivo no depoimento desta segunda-feira, no caso da diretoria de Abastecimento, o pagamento de propina era intermediado pelo doleiro Alberto Youssef, apontado pelo Ministério Público Federal como um dos chefes do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Ele disse ainda ter conhecimento de que o pagamento de propina era direcionado para o então diretor Paulo Roberto Costa, que já confirmou ter recebido propina, e para o Partido Progressista (PP), que, desde a revelação do caso, diz que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

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