O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) foi derrotado por um único voto na eleição para líder do partido na Câmara Federal, mas não lamentou o resultado em entrevista ao Bocão News. Segundo ele, a diferença representou que, ao final do processo, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), foi capaz de aglutinar mais apoios do que ele e convencer a maioria da bancada.
“Quem não aguenta perder, não pode ter capacidade de ganhar. Perdi por um voto, mas isto faz parte da disputa política interna. O processo foi totalmente democrático. Agora vamos seguir juntos como uma unidade dentro do partido. Não muda nada”, afirmou à reportagem.
O baiano revelou que teve diversas reuniões com os colegas da legenda e disse ter assumido com eles uma série de compromissos caso fosse eleito líder. Lúcio havia fechado originalmente um bloco que trazia na linha de frente, além de seu nome, o dos colegas Danilo Forte (CE), Manoel Júnior (PB) e Marcelo Castro (CE) e esperava derrotar Picciani com a soma dos apoios. Porém, o esforço foi insuficiente.
Um dos principais argumentos do quarteto nordestino do PMDB era o de que, com uma eventual vitória de Picciani, a bancada do Rio de Janeiro seria a mais poderosa do partido – o carioca Eduardo Cunha foi eleito recentemente presidente da Câmara – e isto causaria um desequilíbrio interno de forças. Nem assim houve convencimento.
“Isto foi sinalizado à bancada (federal), mas se a bancada toda entendeu que isto não causaria desequilíbrio, então assim deveria ser. Decidiram todos juntos”, resignou-se.
