Política

Eu não tenho vocação para isso, afirma Portugal sobre ser deputado

Publicado em 20/01/2015, às 10h07   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



O secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal, foi entrevistado no estúdio WebTV do Bocão News nessa terça-feira (20) e falou sobre como pretende driblar o baixo orçamento da pasta, sobre a priorização dos centros culturais no estado, suas influências do Recôncavo baiano, a surpresa em ser convidado para o cargo pelo governador Rui Costa, sua história no PT e sobre outros assuntos.

Durante a conversa, Portugal amenizou a falta de recursos na secretaria, mas deixou claro que pretende buscar aporte financeiro entre parceiros. “Esse não é um problema somente da Cultura. É do Brasil como um todo. Mas a minha disposição é gastar sola de sapato, bater em portas da iniciativa privada, fechar parcerias”, sinalizou. “Eu encontro a cama forrada por Márcio Meirelles e Albino Rubim [ex-secretários]. Então, do ponto de vista da conceituação, a secretaria está uma beleza. Eu entro, para, a partir daí dar continuidade e naturalmente verticalizar, aprofundar, ampliar propostas e politicas culturais”, disse o gestor, que é professor de redação, língua portuguesa, poeta e compositor.

Portugal contou ainda que foi surpreendido pelo governador Rui ao ser convidado para comandar a pasta da Cultura na Bahia. “Nunca passou pela minha cabeça. Nós estamos aqui na Bahia, 18 milhões de habitantes, dezoito milhões de secretários de cultura e eu era um deles. A gente tem sempre uma ideia de como fazer, o que enfatizar, e quando o governador Rui Costa me fez o convite para secretário de Cultura: ‘você passou a vida inteira dizendo que faria dessa forma, dessa maneira, que agiria desse modo, agora você tem a chance. Dizer sim ou não. Se você não topar, você é só de conversa, se topar, você tem a oportunidade de construir a muitas mãos uma politica cultural que realmente valha para o estado e que se estabeleça’”, lembrou.

O secretário também comentou sobre a nomeação do baiano Juca Ferreira para o Ministério da Cultura no governo Dilma Rousseff, ato criticado pela senadora paulista Marta Suplicy (PT). “Juca Ferreira não deveria ter saído do Ministério da Cultura. [...] Com a volta de Juca, é como se tivesse havido um hiato entre a saída dele e o seu retorno”, defendeu.

Em 1986, Portugal foi candidato a deputado estadual, mas não obteve êxito, embora considere que tenha conseguido uma boa votação. “Mas eu lhe digo uma coisa, eu não tenho vocação para isso, para pleito eleitoral, para campanha. Eu tenho vocação para o sossego. Na verdade, eu queria mesmo era ser monge, acabei me tornando secretário de Cultura, uma coisa completamente diferente (risos)”, brincou.

Confira aqui esses e outros assuntos tratados na entrevista:

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